Me Ame Se For Capaz - Camren fanfic

Four - Lauren Jauregui

N/A: Voltei. Perdoem a demora, estava travada nesse capitulo porque tinham coisas que estavam me incomodando nele. Boa leitura gatinhos.
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Observava a tela do mac book preenchida por fotos, a curiosidade lhe era sanada a cada clique, a cada legenda.

— Lauren Jauregui, é amiga de Normani. — Falava Dinah de boca cheia, enquanto observava a amiga rolar a página na rede social com o mouse — Ela é dançarina, filha de Clara e Michael Jauregui, aquele casal de milionários que perdeu o filho em dois mil e quatorze.

Karla paralisou, conhecia muito bem esse sobrenome.

...De relance, olhou para dentro do salão através do vidro gigantesco que cobria a faixada do prédio, os movimentos precisos, os cabelos longos e negros, não conseguiu marcar a fisionomia de seu rosto, mas algo em seus movimentos cativara a tal kaki  com extrema profundidade e, balançando a cabeça numa tentativa de espantar tal sensação, Ignorou-a e foi embora.

— Mila? — Chamou Dinah pela milésima vez, despertando Camila de seus pensamentos.

A Estrabao fechou a tela do aparelho eletrônico num solavanco. O sorriso maldoso e curioso que crescia em seus labios não deixavam dúvidas do que viria a seguir: aprontaria algo.

— Então a filha perfeita dos Jauregui's que meus pais tanto falam e idolatram talvez não seja tão perfeita assim.

Dinah a encarava com um ponto de interrogação na testa, duvidosa sobre onde a amiga almejava chegar, aquele sorriso nunca dava em algo bom.

— Como assim? Essa garota é um prodígio, dança para um caralho, é linda, estudou em uma das escolas católicas mais tradicionais na França, e como se não bastasse, a cereja do bolo é ela ser filha de Clara Jauregui.

— Ninguém é perfeito Dinah.

Ainda mais gostando de garotas quando se tem uma familia religiosa e tão tradicional — Completou pensativa, ainda curiosa sobre como usaria aquela informação em sua própria vantagem.

....

A chuva caía forte naquela manhã de Nova Iorque e com os nós dos dedos pálidos congelados pelo frio, esfregava as palmas das mãos numa tentativa de esquenta-las.

"Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos se a tivéssemos. O perfeito é o desumano porque o humano é imperfeito."

As gotas escorridas pela janela do vidro blindado lhe davam uma visão deturpada da realidade lá fora, e aquilo aguçava ainda mais seu nervosismo. Aquela maldita frase havia ecoado por sua cabeça durante todo o final de semana, mas que diabos! Como uma frase vinda dentro de um biscoitinho minúsculo poderia ter lhe causado tantas sensações desconfortáveis e gigantescas?

— É só o seu primeiro dia de aula. — Escutou a voz grossa de Michel Jauregui tirar-lhe de seus devaneios. — Não é como o fim do mundo.  

E de fato, não era. Lauren nunca fora o tipo de garotinha tímida que se deixava intimidar ao estar em lugares desconhecidos, mas aquilo era diferente de tudo que havia experimentado. Estava em outro continente, lidando com costumes e hábitos diferentes, e por mais que seu inglês estivesse afiado a ponto de passar imperceptivel o sotaque, algo em si não a deixava sentir-se confortável, simplesmente porque não estava em casa.