Nossas verdades

XXXIX

                                 (Não revisado)
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Não pode ser real
Por Mary:

    Eu não conseguia falar muito, eu estava em completo choque. Eu pensei que tudo na minha vida daria certo, mas as coisas desandaram demais, cada momento que eu planejei da minha vida, estava indo por água abaixo.

     Tinham se passado 3 meses e foi os piores meses da minha vida, nada tinha dado certo. Eu pensei que superar o Adam seria muito fácil, como eu fiz da outra vez, mas dessa vez não foi. Eu passei esses 3 meses martelando que eu tinha feito algo de errado para ele ter ido embora, que eu não havia sido o que ele queria realmente, algo em mim ainda tinha certeza que ele descobriu que a Lindsay era melhor e nada mudava o meu pensamento. Eu não aguentava mais aquilo, a minha mente parecia explodir de tanto que eu amava o Adam e pensava nele. Eu estava completamente um lixo humano, não comia direito, eu mal dormia, viva com um coque frouxo, olheiras de baixo dos olhos, minhas notas da faculdade caíram e eu não sabia o que fazer, minha relação com o Dylan estava péssima e eu não estava falando com os meus pais tinha 1 semana por termos brigado por uma motivo óbvio: Adam e eu.

"— Mary, querida, você precisa comer, você está magra demais! — minha mãe disse me encarando seriamente e eu revirei os olhos.

— Eu não estou com fome, não me perturbe, por favor, eu já disse! — Digo aumentando o tom de voz.

— Você está há 1 mês pálida, não come, só vejo você vomitando de madrugada... Só vive deitada chorando todos os dias achando que ele vai voltar, mas ele não vai! — Meu pai disse me encarando seriamente.

— Ele vai sim! — Eu digo jogando a caneca na minha mão contra a parede e eu vi os olhos da minha mãe se arregalarem. — Ele vai! É obrigação dele voltar, ele vai... — Eu sentia as lágrimas caindo no meu rosto e o meu corpo estava tenso.

— Mary, o Adam está seguindo em frente, você precisa fazer isso também. — Minha mãe tentou se aproximar de mim, mas eu recuei.

— Ele tem que voltar, não só por mim... — Eu deixei as palavras escaparem rapidamente, eu balancei a cabeça olhando para os lados e respirei fundo.

— Mary, não tem motivos!

— TEM SIM! PORQUE EU ACHO QUE ESTOU GRÁVIDA E O FILHO É DELE!— As palavras saíram tão rápido da minha boca, que nem eu acreditei no que eu disse.

     Eu olhei para os meus pais que me olhavam assustados e completamente perdidos. Eu não consegui ficar no meio ambiente, então corri para o meu quarto, deixando aquela dúvida no ar, deixando que as lágrimas tomassem a minha noite por mais um dia"

      Naquele dia eu falei sem pensar, eu estava perdida demais para ter certeza de alguma coisa, eu só joguei aquilo, porque não conseguia guardar apenas para mim. Eu tinha aquela dúvida comigo fazia quase 1 mês, quando eu percebi que a minha menstruação não vinha mais e os enjoos começaram. Eu tentei colocar na minha cabeça durante 1 mês que eu estava delirando e que a minha menstruação iria vir e que os enjoos iriam parar em um passe de mágica. Não era um bom momento para a gravidez pesar na minha mente, eu tentei não levar aquela dúvida para a frente, mas as coisas não melhoraram e não iria só porque eu queria.

      Tudo na minha vida estava dando errado, eu estava me tornando um caos de pensamento. Eu estava sendo um barquinho no meio de uma tempestade no oceano, eu estava deixando que as águas me cobrissem e me levassem para o fim do mar, me destruindo. Eu só queria voltar a ser a Mary feliz, a Mary que vivia intensamente, mas ela foi destruída assim que o amor da vida dela a deixou em um quarto de hotel, como se ela nunca tivesse importado. A Mary de agora vive mal humorada e chorando pelos cantos, eu não consigo controlar os meus malditos sentimentos e sempre choro em lugares públicos. Eu estava magra por falta de nutrientes necessários e isso estava me tirando forças até para viver.