XXXI

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               (Não revisado)
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Risos nossos

Por Mary:

Eu não queria ter feito aquilo. Eu não queria ter dito aquelas coisas para o Adam, as palavras me atingiram também e eu sabia que ele estava mais machucado que eu. Porém tudo era necessário, para o nosso bem. Ficamos juntos por tempo bastante para os meus sentimentos por ele tomarem força. Não era para eu ter ficado com o Adam no hotel, eu não deveria ter transado com ele. Mas admito que foi um dos melhores dia da minha vida. Eu me senti eu mesma, me senti a Mary que vivia escondida em mim. O Adam conseguia ser uma boa pessoa quando queria e um maravilhoso homem na cama.

Eu achava engraçado a forma que nunca cansávamos um do outro. Transamos tantas vezes que me rendeu dores na minha intimidade e eu tive que recusar uma transa de despedida. Esses dois dias foram o bastante para eu me recuperar de tudo. Eu ainda estava toda marcada e a minha bunda ainda tinha algumas marcas dos dedos do Adam. Assim que eu cheguei em casa, a minha mãe se assustou ao ver os dedos do Adam marcados no meu pescoço e alguns chupões. Eu não respondi a pergunta dela, preferi fingir que nada tinha acontecido. O Dylan quando me viu, assim que eu cheguei em casa, ficou meio assustado ao me ver bem marcada e eu xinguei o Adam mentalmente por isso. E em falando no Dy, nós conversamos e chegamos à uma conclusão seria...

    " — Eu pensei bastante, em tudo... — Ele se aproximou de mim e eu tive que respirar fundo, receosa demais com o que ele poderia dizer. — Mary, eu amo muito você, muito mesmo. Não posso deixar você escapar e não quero te perder. Podemos recomeçar, se você aceitar, mas você vai ter prometer uma coisa...

      — O que? — Perguntei em sussurro.

      — Me prometa que vai fazer de tudo para esquecer o Adam, que vai romper todos os laços com ele. — O Dylan tocou o meu braço com os seus dedos, e eu hesitei.

      Eu não tinha pensado nessa parte, aliás não pensava que o Dylan me perdoaria dessa maneira tão fácil, sem que eu precisasse implorar para ele e fazer promessas. E, sendo sincera, uma parte de mim rezava para que ele não me perdoasse, para que eu pudesse tentar algo com o Adam... Eu sei que posso fazer isso, que posso deixar o Dy e tentar algo com o Adam, mas eu tinha muito medo de acabar magoada novamente, confiança e Adam eram duas coisas que não combinavam para min, e por isso, eu não podia tentar algo com o Adam. Eu tinha uma vida brilhante com o Dylan e sabia que uma hora o amaria, mas isso só precisava de tempo. Já o Adam, era pedir para ter um futuro incerto e uma vida de conflitos. Se eu quisesse ser feliz, era me esforçando para ser alguém melhor para o Dy.

— Tudo bem... — Concordei com a cabeça, revendo mais uma vez os meus pensamentos, e tendo certeza que eu queria aquilo. — Eu vou tentar esquecer o Adam e te prometo, que nunca mais vou me aproximar dele..."

Por mais que o "nunca" fosse tempo demais, eu estava disposta a tentar, mesmo sabendo que uma hora eu iria falhar miseravelmente por estar ligada a Adam pelo resto da vida. Mas eu tinha tomado uma decisão. Eu precisa de algo fixo na minha vida, e o Adam era a pura confusão, como uma maré indo e vindo.

Já se passavam das seis horas da tarde e eu marquei de ir no shopping com a Ellie as seis e meia. Eu estava com olheiras ao redor dos olhos e os lábios brancos. Acho que o meu rosto denunciava que eu estava nada bem, que eu passei dois dias chorando por ter feito uma decisão que eu não queria, mas era a única coisa que eu podia fazer. Minha mãe estava me forçando a comer, porque eu não tinha apetite algum, não estava fazendo muita questão de comer. Passei um pouco de corretivo ao redor dos olhos, tentando tirar as provas que eu não havia dormido, e passei em cima de alguns chupões pelo meu pescoço.

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