Nossas verdades

XXIII

(não revisado)
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Marcas

Por Mary:

Mil vezes merda! Eu sabia que era um erro ter beijado o Adam e muito menos avançar do jeito que fizemos. Eu estava com um chupão enorme no meu seio direito e a maquiagem não estava dando conta. Sei que o Dylan vai notar e eu não vou ter o que inventar.

      Eu não queria que as coisas tivessem tomado o rumo que deu. No vestuário do clube, eu estava sedenta para beijar o Adam e quando isso aconteceu, parecia que todo o estresse havia passado. Eu estava com tantas saudades do toque e do beijo dele, eu estava precisando disso há tempos e mal sabia. Foi como eu tivesse entrado na minha zona de conforto e precisava de mais que um beijo. Sei que o que estávamos fazendo era errado, o Dylan e Lindsay não mereciam isso, mas ainda existia aquele desejo carnal entre mim e o Adam. Se os amigos dele não tivessem entrado no vestuário, teríamos ido longe demais e a culpa seria bem maior. Eu pensei bastante e tinha me prometido não beijar o Adam mais, porém quando o Adam me pediu um beijo, eu não resisti e me atirei com tudo. Não pretendia ter o deixado me tocar daquela maneira, e muito menos o tocar, mas as coisas sempre fogem do controle.

Por mais que parecesse estranho, eu não estava com uma culpa enorme pesando em mim e isso me assustava. Eu havia gostado e sei que faria tudo de novo e bem pior.

Peguei o meu celular em cima da pia do banheiro e liguei para o Adam, que demorou alguns toques para atender.

— Já está com saudades? — Ouvi sua risada presunçosa e revirei os olhos.

— Você é um babaca! Deixou uma enorme marca no meu seio. — Digo com a voz mais brava do que eu planejavam

— Era para você não se esquecer de mim... — Mais uma vez, ele riu.

— Está roxo, idiota, e eu não estou conseguindo cobrir isso! — Me olho no espelho e a marca ainda estava do mesmo jeito.

— Me manda uma foto, só para dar uma checada.

— Não vou te mandar foto do meu peito, Adam!

— Não tem nada do que eu não tenha visto ai, anjo.

— Então, não precisa ver de novo.

— Esta com a língua afiada, Mary Angel.

— Para de me chamar assim, Adam, sabe que eu odeio.

— Está estressadinha! Se tivesse transado comigo não estaria assim...

— Voce é tão insurportável! — Revirei os olhos.

— E não revira os olhos.

— como você...

— Eu te conheço muito bem, anjo... — Ele ficou em silêncio por um momento e eu já comecei a ficar agoniada. — Depois nos falamos, vou sair com a Lind.

— Ah, tudo bem!

Dito isso, ele desligou. Fiquei parada no banheiro ainda sem entender um pouco. Eu estava um pouco incomodada pelo Adam ter saído com a namorada dele, o que me causou um certo pânico por cogitar que eu estava com um leve ciúmes. Mas deixei para lá.

    Eu precisava de um banho que me relaxasse, e isso que fiz, tomei um banho quente e depois, me permiti a ficar um tempo deitada, pensando na burrada que eu havia feito hoje.

    Eu deveria contar para o Dylan? Não sei. Ele terminaria comigo e essa é a última coisa que eu quero nesse momento. Sei que ele não merecia isso, uma traição, mas eu ando muito confusa ultimamente e hoje eu estava com os sentimentos a flor da pele, não iria aguentar ver o Adam me provocando e não fazer nada. Tenho medo que o Dy descubra e o nosso relacionamento dê errado. Gosto muito dele e posso dizer que vejo um futuro com o mesmo. O Dylan tem os mesmos pensamentos para o futuro que eu tenho e sei que um dia vou conseguir amá-lo de verdade.