XLV

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(Não revisado)

Nina...

Por Mary:

    Eu estava muito nervosa e sem reação. Nunca esperei que iria acontecer isso. Aliás eu nunca imaginei que o Adam iria aparecer na minha porta hoje e que estaria simplesmente ajoelhado na minha frente falando com a nossa filha. Eu pensei bastante durante a última noite sobre o que eu ia fazer sem um pai presente para a minha filha e pode ter certeza que eu estava perdida e chorei demais em questão disso. Mas cá estava ele, o pai dela, sendo o primeiro a falar com a minha bebê. Pode parecer estranho, mas até agora eu não falei com ela como geralmente as mãos fazem, eu não me sentia tão preparada para isso, ou seja, o Adam estava sendo o primeiro a fazer isso e eu estava muito emocionada.

      Era maravilhoso saber que eu não estava sozinha nessa, que eu poderia contar com ele quando fosse se tratar da nossa filha.

     Ele acariciou a minha barriga e eu o olhei com um sorriso bobo no rosto.

     — Então, filha, eu sou a pessoa mais idiota que você vai conhecer na sua vida. — eu dei uma risada e o Adam me olhou com um sorriso no rosto. — Eu vou te dizer que nunca quis filho, mas eu repensei. Pensei: "nossa, preciso cuidar da minha filha e a proteger dos babacas que se aproximarem dela!"

     — Adam! — eu coloquei a mão sobre a boca tentando me acalmar após rir.

      — Mas sério, provavelmente você vai ser linda igual a sua mãe e eu vou ter trabalho em dobro. — eu revirei os olhos e mantive um sorriso enorme no rosto.

     — Ou com o pai. — digo alegre e o Adam me olha com um sorriso bobo — O que eu não duvido muito. Só espero que não puxe o orgulho do pai...

     — Ou a teimosia da mãe... — assim que ele falou, dei um tapa no topo da cabeça do mesmo. — Espero que não seja agressiva como a sua mãe!

     — Eu não sou agressiva! — digo dando mais um tapa nele.

     — Está vendo, filha, a sua mãe está batendo em mim... — o Adam diz contra a minha barriga e eu o observo passar o dedo indicador sobre a minha pele. — Precisamos de um nome para ela.

     Paralisei no mesmo momento um tanto surpresa. Eu mal tinha descoberto a gravidez e o Adam e eu nos encontramos agora, e ele já queria escolher um nome? Eu acho que era uma coisa que deveria ser planejado.

     — Não está muito cedo? — Pergunto e o mesmo me olha. — Digo eu soube da gravidez e já descobri que era uma menina, as coisas estão indo rápidas demais.

      Observei os ombros do Adam caírem e seu sorriso desaparecer rapidamente. Eu fiquei surpresa por aquela reação, e mais surpresa ainda quando ele se levantou em um pulo, voltando a ser bem maior que eu. Engoli em seco o vendo encarar os próprios pés e então tomei inciativa de algo totalmente contraditório do que eu acabei de dizer.

     — Você pensou em algum nome? — Perguntei baixo tentando me aproximar novamente dele.

     — Achei que estivesse muito cedo... — ele levantou o rosto e me olhou. — Bom, para quem não queria um filho eu sempre tive um nome em mente...   — ele deu um sorriso sem graça e eu sorri junto. — Eu nunca pensei em ter um filho, mas quando eu era pequeno, queria ter uma menina para ter o extinto de pai protetor. — abri os lábios surpresa e o Adam deu uma risada. — Depois que a minha avó morreu, eu perdi essa vontade, mas sempre amei o nome Nina, era o nome da minha avó...

     Eu sorri na hora. Nina era um nome lindo...

    — Eu gostei de Nina... — digo abrindo um sorriso enorme.

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