Nota: Última atualização da semana, yay! Vocês já seguem a playlist dessa história no Spotify/Youtube? O link está disponível na minha bio. Boa leitura! 💗
[...]
Você poderia encontrar uma maneira de me decepcionar aos poucos?
Um pouco de simpatia eu espero que você possa me mostrar.
— Let Me Down Slowly, Alec Benjamin.
Nos dias que se sucederam após o beijo, Nataly poderia considerar que foi um tanto quanto estranho. Okay, era surreal que ela havia passado no mínimo uma hora trocando beijos e carícias com Noah Gilbert. Mas então, ele se levantou dizendo que estava tarde e a levaria em casa. No dia seguinte, ele não apareceu e se quer fez algum comentário a respeito. Ele e Nataly costumavam conversar bastante pelas mensagens do Instagram. E ao Molly ver o rosto tristonho da negra na segunda feira, ela logo constatou, algo estava errado.Após dias falando na cabeça da Holland sobre como ela e Gilbert seriam um casal perfeito e ela sempre negar veemente. Nataly percebeu então que todo o seu discurso havia caído por terra com aquele beijo. E aí veio o questionamento. Porque ela estava se importando tanto com o que Noah havia achado daquilo? O fantasma de Cole rapidamente veio ao seu pensamento. Então ela se perguntou: estaria começando a ter sentimentos por Noah Gilbert?
[...]
Na segunda, após chegar em casa, Nataly suspira cansada pelo dia de trabalho. Ela decide ler para tirar da mente seus pensamentos confusos e entrar em outra realidade, talvez tentar escrever alguma coisa, mas é interrompida após poucos minutos por um toque incessante no celular.
— Alô?
— Hey Naty, nosso compromisso ainda tá de pé? — A voz de Noah invade seus tímpanos fazendo o coração alarmar rapidamente.
— Uh... — Ela se recorda rapidamente que ela havia combinado de ajudar o garoto a pesquisar sobre Elizabeth — Claro, claro... Pode vir.
— Okay, chego em dez minutos. — O garoto murmura encerrando a ligação.
Nataly rapidamente se levanta do sofá, escolhendo outro par de roupas menos "largado" e tenta ajeitar os objetos espalhados pela casa. Quando a campainha toca, ela abre a porta rapidamente, falhando em não suspirar ao fitar o garoto corado, com os longos cabelos negros presos em um coque e o maldito sorriso de covinhas profundas nas bochechas.
— Ei você... — Ele murmura, mostrando uma pequena caixinha de sapatos no qual contém toda a informação que conseguira encontrar a respeito de sua mãe e o MacBook no braço oposto.
— Oi... Entra... — Holland murmura abrindo espaço na porta para que o garoto adentre. Noah vai em direção ao sofá, mas pela primeira vez o silêncio entre os dois parece desconfortável. A tensão está palpável por todo o ambiente.
— Tá tudo bem com você? — Noah pergunta ligando seu aparelho. Nataly começa a analisar os papéis dentro da caixa para que ele saibam ao menos por onde começar a procurar.
— Sim, tudo ótimo. — É o que Nataly responde, buscando não demonstrar como apenas um maldito beijo a afetou. Noah, mesmo confuso não tenta forçar um assunto.
— Okay... — ele responde.
Mas se ele passou o restante da tarde a observando em silêncio com um sorriso no rosto, de fato, ninguém ficou sabendo.
[...]
Após um tempo, de pesquisas sem muito resultado, o telefone de Nataly vibra sobre a mesa de centro. A Holland se assusta, afinal, não é muito comum que receba ligações, exceto pela pessoa que se encontra do seu lado naquele momento.
— Alô? — Ela atende receosa fitando Noah, que a observa com uma das sobrancelhas arqueadas.
— Hey Natah. — A voz rouca tão reconhecida se faz presente do outro lado da linha. Nataly sente o coração acelerar novamente, uma vez que não esperava qualquer notícias de sua amizade tão cedo.
— Deh? Achei que nunca mais ligaria. — Nataly exclama com um sorriso enorme, Noah também sorri ao ver a garota feliz, por mais que esteja confuso.
— Eu prometi que o faria não é? — Diz com animação do outro lado da linha.
— Sim. — Nataly confirma assentindo. Noah se levanta para dar mais privacidade a negra e vai até a área de serviço, onde acende um cigarro e não consegue ouvir nada além do Bronx.
— Tenho novidades. — Darcy explica, do Texas.
— Me diga. — Nataly incita.
— Estou indo para Nova York! Já tenho uma data. — Anuncia animadamente.
— Oh meu deus, me diga tudo... — e assim se sucede.
[...]
— Então, quem era? — Noah indaga quando a garota encerra a ligação, com um sorriso no rosto e os olhos brilhantes.
— Uh... Darcey Smith. Apenas, a melhor pessoa da minha vida toda. Sinceramente, se não fosse Deh eu não sei se teria sobrevivido. Foi Darcey quem me apoiou todos os anos no Texas e me ajudou a abandonar aquele lugar. Deh me salvou de todas as formas possíveis. — Holland explica fitando o moreno, que sorri a ponto de aparecer uma covinha nas suas bochechas.
— Vocês perderam o contato? — Ele pergunta genuinamente interessado.
— Sim, por muito tempo, não sei se você sabe, mas quando eu vim morar em Nova York eu não tinha nada. Apenas um trocado no bolso e coragem. Eu consegui esse apartamento por... Eu não sei, qualquer ser superior que exista. E um emprego graças a dona desse prédio. Eu tive medo de morar no gueto, porque sempre vivi em bairros medianos, mas era a única coisa que eu tinha. — Ela continuou.
— Naty... — Gilbert sussurra, tocando levemente a perna da garota numa carícia amiga.
— Então esse ano, de alguma maneira, Darcey conseguiu me achar. E agora virá pra cá me ver, eu estou tão ansiosa. — A garota finaliza animada. Noah sorri e deixa com que a mesma o abrace.
Tudo ficará bem.
[...]
Nota final: Esse capítulo foi bem curtinho, mas me digam, o que estão achando do Noah até agora? Vocês acham que ele vai decepcionar a Nataly lentamente?
E gostaria de pedir encarecidamente pra que see vocês curtem essa história, não deixem de compartilhar com seus amigos pra alcançar mais pessoas que me ajuda bastante! 💗
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Help Me |⚤| Concluída
RomanceNo final de sua infância Nataly Holland foi diagnosticada com TEI, uma desordem comportamental caracterizada por explosões de raiva e violência desproporcionais a situação em questão, mas após passar por um episódio traumático ela acaba fugindo para...