Chapter 08: Beach

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Jovem como eu quero conhecer,
Eu nunca te deixarei partir.
— Champagne Coast, Blood Orange.

O piquenique ocorre normalmente, com os dois trocando palavras e reflexões sobre a vida que fazem a Holland pensar que talvez Gilbert não seja tão insuportável assim. Mas no dia seguinte, quando Noah bate a porta da garota logo cedo, com várias sacolas - que Nataly mal tem tempo de ver o que tem, pois logo o moreno está despejando os alimentos sobre seu balcão - ela pensa que talvez tenha tomado conclusões cedo demais.

— O que é isso? — Ela pergunta confusa, após fechar a porta e caminhar em sua direção.

— Vamos cozinhar, o que você sabe fazer? — Noah indaga com os olhos azuis brilhantes como de costume.

— Macarrão instantâneo. — Ela responde simples, mesmo que ok, ela saiba se virar com algumas coisas.

— Ótimo, macarrão com queijo não deve ser tão diferente disso. — Ele responde limpando o suor imaginário de sua testa. Em seguida o garoto captura as mechas longas de seu cabelo, prendendo em um coque.

— Macarrão com queijo é assado. — Nataly responde com um sorriso beirando o canto de seus lábios.

— Para de ser estraga prazeres, vamos me ajuda! — Ele responde, voltando a pegar os alimentos dentro da sacola. São pouco mais que dez da manhã, então para Nataly toda aquela animação em um domingo não é normal.

— Tudo bem... — Ela responde após revirar seus olhos, mas o sorriso ainda estampado no rosto — Porque você é tão irritante?

— Eu não sou irritante, você que é mal humorada. — Noah retruca empurrando a garota com seu quadril, em resposta Nataly jogar algumas gotas de água em seu rosto — Aí!

A negra sorri, com a língua entre os dentes. Algo que Noah classificaria como adorável e dá de ombros em sua direção.

— Então é assim que vai ser mocinha? — Gilbert pergunta, Nataly forma um pequeno biquinho em seus lábios. Então ele volta aos alimentos dentro da sacola e destampa o vidro de chantilly em spray, que havia comprado para comerem junto com os morangos, espirrando por todo o rosto da garota.

— Espera- droga! — Nataly reclama, gargalhando ao limpar suas pálpebras. Noah vem em sua direção, lambendo uma de suas bochechas e em seguida exclama:

— Delícia!

— Pervertido. — Nataly responde com uma gargalhada.

— Chata. — Ele retruca.

E assim se sucede uma série de xingamentos que não são muito bem xingamentos assim. E se no final das contas eles tiveram que pedir comida por aplicativo, ninguém precisava ficar sabendo.

Mas era a primeira vez em anos que Nataly se sentia viva.

[...]

Nataly só voltou a ter notícias de Noah Gilbert no final de semana seguinte.

Era fato que eles estavam bem próximos, mas o garoto no final das contas ainda tinha que estudar e outros amigos. E ela tinha um emprego. E Molly, que estava incontrolavelmente animada.

A cada vez que Natalie revelava um detalhe de seu fim de semana anterior a ruiva dava pulos de alegria, afirmando que cedo ou tarde aquilo se tornaria um namoro. É certo que os dois estavam agindo como dois pombinhos naqueles dias, mas para a negra essa idéia era incabível, uma vez que Gilbert sempre deixava bem claro que só a via como uma amiga, ou espécie de irmã. Além do mais, ele conhecia tantas garotas, bonitas, diferentes, interessantes, quem era ela pra competir com alguma dessas?

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