Chapter 21: Tavern

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Nota: Semana que vem é a última semana de Help Me, estão animados?

[...]

Eu andaria no fogo por você
Apenas me deixe te adorar.
— Harry Styles, Adore You.

Nataly caminhava animada em direção a taverna.

Todos os formandos estavam presentes para a comemoração, algo sobre finalmente estarem livres do colégio, e se fosse a alguns meses atrás ela certamente não compareceria, mas desta vez era diferente, já que Cole Dobson tinha lhe convidado.

A pequena garota negra, com cabelos crespos escovados tinha passado boas horas na frente do espelho, prendendo as madeixas num coque apertado e buscando em seu guarda-roupas precário a melhor roupa para vestir naquela tarde-noite. Ela até mesmo ignorou os comentários maléficos de suas duas irmãs postiças porque aquele dia tinha tudo para ser perfeito.

A convocação aconteceu no último dia aula - no dia anterior - quando sua paixonite desde o sétimo ano simplesmente se aproxima lhe fazendo o convite. Dissera também que tinha sentimentos pela garota desde que estudaram juntos, porém nunca tivera coragem de lhe contar aquilo, por medo de qual pudesse ser sua reação, ele dissera. O que era um tanto estranho, é claro, já que boa parte do colégio sabia de seus suspiros apaixonados pelo corredor em direção ao garoto branco.

Mas ali estava ela, enfrentando o vento gélido do inverno para encontrar aquele que parecia sua última esperança na cidade. Uma vez que nos último meses ela vinha conversando com Darcy sobre sua vontade de fugir, abandonar tudo aquilo pra trás e não voltar nunca mais. Darcy Smith também era uma coisa boa em sua vida, mas estava passando por um momento turbulento com sua família, após sair de casa - uma vez que tinha dois anos a mais que Nataly.

Então quando a negra empurrou aquela porta de madeira, se sentindo levemente acuada por estar rodeada de todas as pessoas que sempre a amedrontavam no colégio, ela precisou engolir em seco e buscar com seus olhos Cole Dobson.

Ele estava próximo ao balcão do bar, com a lateral de seu corpo encostado na meia parede e um copo de álcool próximo a boca. Sua pele era coberta por uma jaqueta jeans e o topete erguido com gel tornava os cabelos castanhos um pouco mais escuros, mas quando seus olhos se encontraram Nataly acenou em sua direção ele veio depressa.

— Não sabia que chegaria tão cedo. — Ele havia sussurrado, acenando para um amigo atrás da garota.

— Eu... Uh... Posso voltar mais tarde... — Sua voz baixa e quebrada havia feito o garoto torcer levemente o nariz.

— Tanto faz, vamos?

— Onde? —Ela havia perguntado confusa, mas tudo o que ele fez foi entrelaçar suas palmas e lhe guiar para os fundos da taverna.

— Me espere aqui, ok? — Ele havia murmurado, suas orbes mão chegando ao rosto da garota quando ele adentrou o estabelecimento outra vez.

E Nataly esperou.

Esperou.

E esperou.

Esperou pelo que pareceu uma hora, no vento frio que contraia seus ossos, adentrando o material fino de sua blusa. Mas ela esperou, porque estava apaixonada e ansiosa para ter seu primeiro beijo com seu príncipe encantado. E talvez mais tarde ela se desse conta de que finais felizes para garotas como ela era uma utopia.

[...]

— Nataly? — A voz morna, carregada de sotaque chamou seu nome, mas ela mal precisou erguer seu rosto para saber de onde vinha aquela voz.

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