capítulo 25

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Eu estava sentada na mesa junto com Jack. Não estávamos conversando, primeiro porque não tínhamos nada para falar e segundo, porque Jack não gostava de conversar enquanto comia. Eu não fazia ideia do porque ele havia me convidado novamente para comer com ele, era a segunda vez que cominhavamos juntos, e ele não havia respondido o motivo quando eu fiz a pergunta três vezes, então  desisti. Também desisti de entender a cabeça de Jack, mas isso foi ontem. Já fazia uma semana desde que eu e meu sequestrador trocamos aquelas farpas quase que uni laterais, era impossível entender alguém como Jack.

Quando decidi parar de entender a cabeça de Jack, comecei a estudar tudo o que ele fazia, e percebi que Jack provavelmente tinha algum tipo de transtorno. Eu nunca tinha visto alguém mudar tanto de humor quanto ele. E então tinha o fato de ele ter um controle assustador sobre suas próprias emoções, o que tornava impossível saber o que eu podia ou não fazer. Jack podia estourar por algo muito pequeno e ao mesmo tempo não se importar com coisas grandes.

Era como pisar sobre vidros, não importa como, ou o que faz, você sempre sairá cortada.

— No que está pensando?

Sua voz fria preenche meus ouvidos me fazendo olhar para cima e encontrar seus olhos verde.

— Hum? — Em como fugir. — Em nada. Não estou pensando em nada.

Ele não diz nada, o que é bom, já que não estou afim de conversar.

Eu mastigo o bife, mas não consigo sentir o gosto. Minha mente está nas regras que criei para conseguir sobreviver até conseguir fugir daqui.

1- Não responder Jack.
2- Não insultá-lo.
3- Não fugir (por enquanto)
4- ...

E 4... bem eu ainda não havia terminado de criar está lista, mas seria algo importante, eu acho. Que se dane, eu só não podia irritar Jack aponto de ele decidir se livrar de mim.

1- Não responder Jack
2- Não insultá-lo.
3- Não fugir (por enquanto).
4- Não irritar Jack.

Bem, essa é uma boa regra.

Eu respiro quando o segundo pensamento vem em minha mente. Eu não consegui dormir desde que o tive há três noite. Ainda pensava se poderia funcionar...

— Vamos assistir um filme...assim  que você terminar de fazer suas tarefas.

— Sim, claro.

Bem,não era como se eu pudesse dizer não de qualquer forma.

Eu me levanto e levo as louças para a cozinha. Ja havia se tornado um rotina e isso havia começado a me irritar, muito.

Assim que termino de lavar a louça me arrasto para a sala onde encontro Jack sentado com o filme pousado. Não perguntei qual era, já que eu não pretendia prestar atenção de qualquer forma. Eu me abaixo até minha bunda encostar no tapete felpudo e encosto minhas costas no sofá.

— Vamos, sente-se aqui. — ele diz batendo ao seu lado no sofá.

Eu estou o encarando incrédula, pois é muito difícil acreditar que ele havia acabado de me pedir para sentar ao seu lado. Mas ok, eu não iria reclamar, afinal, ninguém merece ficar sentada no chão por horas.

Sequestrada por Jack, o assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora