capítulo 33

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Eu tinha seis anos, ou melhor, quase seis anos quando conheci Emma e George Cooper.

Isto foi em 2003 em Orlando, no condado de Orange na Flórida. Eles haviam ido atrás do bebê que havia acabado de chegar no orfanato, mas Emma havia se perdido e acabou chegando no pátio dos fundos.
Ela se sentou ao meu lado e perguntou o que eu fazia ali, sozinha, e porque não estava junto as outras crianças.

Eu levantei os ombros e segurei com força meu coelho de um azul desbotado.

-Você não deseja uma família?-perguntou suavemente.

Eu balancei a cabeça e virei o rosto para ela.

-Eu já tenho uma família.

-Ah, é mesmo?

Eu balancei a cabeça para cima e para baixo e trouxe meu coelho para mais perto.

-É a mamãe, ela vai vir me buscar quando melhorar. Ela está doente agora, mais ela vai ficar bem por mim...

-Emma, querida, trouxeram o bebê, é um menino. - Nós viramos a cabeça para o homem que vinha junto da senhora Smith.

Eu havia sorrido um pouco, ele falava engraçado e eu nunca tinha ouvido algo assim.

Ela havia se levantado elegantemente e sorrido para mim. Estou torcendo por você, ela havia dito, segundos antes da Sra. Smith tocar meu braço e pedir que eu me juntasse as outras crianças.

Cinco dias depois, eu estava balançando no balanço em frente a grade da parte principal do orfanato, Emma estava entrando com o mesmo homem que havia chamado ela no dia em que conversamos. Ela olhou para onde eu estava e sorriu para mim, disse algo ao homem e caminhou até mim enquanto ele ia em direção a porta principal.

- Oi - saudou com um sorriso brilhante.

-Oi-respondi parando o balanço.-Tom não está aqui, ele foi passear.-acrescentei.

-Oh eu sei, eu não vim por ele.-ela se sentou no balanço ao lado.

-Você não quer mais adotá-lo?-perguntei surpresa para ela.

-Outra família chegou na minha frente-respondeu tocando hesitante minha mão.

Eu soltei minha mão da dela e segurei meu coelho.

-O que você faz aqui sozinha?

-Estou esperando a mamãe. Ela vai vir me buscar.

-Ah- ela parecia um pouco desapontada, então segurei sua mão.- Quando ela vem? - perguntou apertando suavemente meus dedos.

Eu balancei o ombro tristemente.

-Eu não sei-eu torci de leve a boca para o lado. Suspirei e olhei para além das grades - Ela esta doente agora, mas ela vai melhor por mim.

Nós ficamos em silêncio por alguns segundos.

-Qual é o seu nome, querida?

Eu virei os olhos para ela.

-Olivia e esse é o senhor Stuart-eu soltei sua mão para mostrar meu coelho.

- Eu sou Emma. Emma Cooper.

Emma passou a me visitar todos dias juntos com seu marido George. Nós íamos aos parques, tomávamos sorvetes e eu me divertia. Eles eram engraçados. A Sra. Smith disse que eu tinha sorte e que eles seriam bons pais, mas eu já tinha uma família e eu só precisava ter paciência para esperar mamãe melhor. A Sra. Smith disse que a mamãe nunca melhoria e que ela nunca mais voltaria por mim.

Sequestrada por Jack, o assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora