capítulo 22

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- O que você fez?

Esta é a primeira coisa que Jack ouve assim que termina de descer as escadas.

Sua adorável prisioneira tinha algum tipo de desejo louco pelo perigo, pois adorava empurrá-lo até a beira e recuar no último instante. Ela já havia feito está mesma pergunta pelo menos umas oito vezes desde que ele chegou, e ele não havia respondia nenhuma dessas vezes, esperando que ela perceba que ele não vai e não quer responder, mas, infelizmente, ela não parece perceber e se o faz, não se importa.

- Você fez o que eu mandei? - ele perguntou ignorando sua pergunta.

- Sim - sua resposta é amarga, provavelmente por ele ter usado a palavra mandar.

Ele acena com a cabeça e se vira para reconhecer a presença dela pela primeira vez. Ela tinha as mãos apertados em punhos bem fechados, e os ombros tensos, seus olhos azuis claros estavam vermelhos e apertados, era dificil de dizer se era devido a concentração para se força a relaxar, ou pela raiva que está sentido. Ele não se importava se fosse raiva, havia algo de excitante nisso.

- Você terminou o jantar?- perguntou ignorando todo o problema que tinha que resolver.

- Pensei que você estivesse preocupado em resolver esse probleminha. - sua voz fica irritantemente sarcástica no final, mas isso não o irrita no momento. Depois do que aconteceu, ele estava longe de ser capaz de se irrita. - Vou por a mesa. - responde logo após perceber que ele não vai lhe dar nenhuma resposta.

Jack estava sentado enquanto olhava sua prisioneira por a mesa, momento algum levantou os olhos para reconhecer sua presença. Se bem que se ele for sincero no momento, Hanna não o olhou nos olhos desde que desceu. Se foi por ter ficado traumatizada com as cicatrizes ou por outro motivo, ele não saberia dizer e no momento, não se importava.

- É sopa com um pouco de tudo o que tinha na cozinha. - ela murmura terminando de servi-lo.

- Sente-se.

Ela o encarou surpresa, até mesmo ele estava surpreso com o que pediu/ordenou.

- Olhe para mim. - ordenou suavemente assim que ela se sentou.

No primeiro momento em que ela fez o que ele pediu, tudo o que ele viu era um fogo desafiante e ardente,que logo deu lugar a um olhar distante e inquietante, como se ela tivesse se lembrando de algo que preferia manter longe de sua cabeça. Tons suaves de vermelho começaram a surgir em seu rosto bronzeado natural e um vermelho mais intenso subia provavelmente do colo do sei - escondido pela blusa ridiculamente grande - para o pescoço.

Oh! Ele pensou enquanto o entendimento surgia em sua mente.

- Interessante...- murmurou baixinho quando ela finalmente conseguia quebrar o contato.

Como ele conseguiria explorar esse novo sentimento que surgia nela em proveito próprio?

- Fui atacado por um animal. - diz abruptamente fazendo com que ela arraste os olhos surpresos para ele.

Ele não estava disposto a dizer nada em relação a esse problema, mas essa foi a primeira coisa que pensou, e se ele está disposto a fazer com que o sentimento que ela está sentido cresça, então ele pode dar isso a ela.

- Que tipo de animal? -seus olhos agora estão curiosos e um pouquinho decepcionados.

- Do tipo selvagem, creio eu, já que me atacou. - sua voz é preguiçosa e quase persuasiva. Ele deu um pequeno sorriso quando os olhos dela se arregalaram em choque.

- Existe animais selvagens nesta floresta? - seus olhos estão estreitos, como se assim fosse capaz de ver qualquer mentira por trás de suas palavras.

Sequestrada por Jack, o assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora