Sequestrada por Jack, o assassino

capítulo 18

Ele se encontrava sentado no banco da bancada da cozinha de sua tia, sua barriga roncava pela falta de comida.

— Estou com fome.— choramingou para ela.

Ela tirou o cigarro da boca e o encarou de cara feia. Ele já havia percebido que sempre que o olhava era de cara feia, nos primeiros três meses ele ficou amedrontado, mas agora, ele simplesmente se acostumou. Sua tia não gostava dele e ela deixava isso bem claro, durante todos esses seis meses que estavam juntos, ela informava que ele era um peso em suas costas e que ele pagaria por ficar a "extorquindo".

Jack não havia jantado na noite anterior, pois ela informou não haver comida o suficiente,Jack também não tomou café da manhã, pois ela havia informado que nada tinha e agora no almoço, ela repeti as mesmas palavras.

— Não há nada para você aqui. Se parasse de dormir e ajudasse, talvez fosse recompensado, mas a única coisa que sabe fazer, é chorar e ficar aí, me olhando como um esquisito. — ela tragou e depois soltou a fumaça na direção dele. — Vai ter que esperar até a janta.

Ele se manteve parado, as mãos entrelaçadas no colo,os ombros caídos e os olhos tristonhos. Ele não desviou os olhos até que ela o fez.

— Estou com fome — Resmungou novamente. Jenna estava prestes a voar sobre ele quando a companhia tocou.

— Infernooooo! — ela gritou olhando para ele uma última vez e caminhou em direção a porta. — O que é? — perguntou impaciente e então sua postura mudou para cautelosa. — O que vocês querem?

— Viemos ver o menino. — era a assistente social. Jack não a viu, mas reconheceu a voz.

— Por quê? — sua tia perguntou mantendo a mão não porta.

— Eu não vim como assistente social. Vim o acompanhando. — ela declarou.

Jenna olhou para o homem branco e alto. Ele era magro com um nariz grande e curvo, ele já era meio calvo. Jenna olhou os olhos castanhos do homem e engoliu um bocejo. Aquele maldito moleque só lhe trazia problemas.

— Sou o Dr. Gilbert, advogado. — ela se aprumou instantâneamente. — E essa como já conhece, é minha esposa, Sra. Gilbert.

— Sim, eu conheço. — disse entre dentes.

— Gostaríamos de conversar com você. Se pudermos entrar...

Jenna encarou o homem vestido com um bom terno, depois a mulher vestida também com boas roupas sociais. Ela não olhou para baixo, sabia que suas roupas eram horríveis em comparação a deles: calça legging roxa, tamancos e regata preta, quem ainda se vestia desta forma? Ela precisava de dinheiro e não de um moleque esquisito.