Gilbert

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(n/a celular do Gilbert).

10:30am - Diana: Oi amor

Você saiu no meio na noite?

Eu acordei sem você...

10:45am - eu: Oi Diana

Josie passou mal e eu tive q voltar para casa.

10:46am - Diana: Ah...

Mas ela tá bem? Oq ela tinha?

10:48am - eu: Dor de estômago

Achei q ia ter q levar no médico

10:49am - Diana: Querem q eu vá aí?

Eu faço uma sopa maravilhosa, vc sabe

Pode ajudar

10:50am - eu: Não precisa, di

Já dei um jeito...

10:50am - Diana: Okay...

E nós estamos bem, né?

Pensei q por causa da noite passada...

10:55am - eu: acho q precisamos sentar e conversar

Sabe? Sobre tudo

10:55am - Diana: Ah, ok

Eu posso hoje a noite, oq acha de eu ir ai na sua casa?

Vc cozinha e eu levo um vinho, daí conversamos

10:57am - eu: pode ser.

Estava correndo de um lado para o outro na cozinha como uma barata tonta, verificando se tudo estava encaminhado e preparado da forma correta. Eu estava ansioso para este encontro, para este momento, eu senti que finalmente teria algo definitivo.

Depois que conversei com Josie por pelo menos uma hora na madrugada de hoje, comecei a analisar com mais calma e ceticismo o que eu deveria fazer. Primeiro, antes de tudo, eu tinha de conversar com Diana, isso era inevitável e o mais correto a se fazer independente de como a situação se encontrava. Pelas mensagens que trocamos, ela provavelmente tem algum tipo de expectativa para a noite de hoje, considerando principalmente a noite passada.

Oh. Céus, a noite passada. Chego até fechar os olhos para expulsar a imagem que volta em minha mente, a vontade é de me enterrar debaixo da terra e permanecer lá até meu corpo criar raízes.

Entretanto, o que realmente me incomodava e me deixava inquieto era a situação peculiar que eu me encontrava com Anne Shirley, eu não queria transformá-la na mais nova Jane Andrews (minha amiga que me perdoe, mas é a verdade). A vida da morena era complicada demais dentro do campus da faculdade, qualquer respiração errônea que Andrews desse era um motivo plausível para suspensão, ela seguia regras diferenciadas do restante dos alunos e as pessoas falavam com ela mais para zoar do que para realmente socializar, algumas chegavam até mesmo a se aproximar dela por interesse.

Com essa análise feita, eu sabia que este, dentre muitos outros motivos, me mostravam que eu não deveria nem sequer cogitar a ideia de me envolver com a ruiva, além de sua vida estar uma completa bagunça agora, eu possivelmente seria apenas mais um furacão de passagem, deixando-a para arrumar a desordem depois, no entanto... Sábado aconteceu algo que eu não antecipei e quando eu percebi tinha sido mais intenso do que eu conseguia processar. Tão intenso que eu ainda consigo sentir a minha pele tocando a sua, carinhosa e macia, estávamos próximos o suficiente para que eu conseguisse sentir o seu aroma de flores. Naquela sala, analisando o seu rosto angelical com pequenas sardas formosas aparecendo através da pouca maquiagem que ela usava, denunciando seu machucado, a minha vontade foi de quebrar a cara de Billy Williams por tê-la machucado, esta vontade ainda corroía meu ser, perseguindo-me até um dia depois da nossa reunião.

Meu professorOnde histórias criam vida. Descubra agora