𝑪𝑶𝑳𝑳𝑰𝑫𝑬.
⸻ As marcas que o Soldado Invernal havia deixado para trás ainda eram recentes na vida de todas as vítimas, inclusive na de Bucky Barnes, que continuava lutando contra os seus demônios internos.
Na busca pela paz, Bucky vive em meio...
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A VIDA É UMA CAIXINHA DE SURPRESAS. Às vezes, algo incrível está à sua espera e no caso de Naomi Barbu, o pior veio a acontecer.
Era verão em Romania quando Aimee Barbu — irmã mais velha de Naomi —, conseguiu entrar na Universidade de Oxford, em Londres. Desde os seis anos, as irmãs Barbu viviam com os avôs maternos e as duas eram inseparáveis. Porém, por ser o seu sonho, Aimee teve que deixar os avôs e a irmã.
Dois verões depois, a tragédia se instalou no pequeno apartamento da família Barbu, em Bucareste. Constantine, que foi diagnosticada com câncer anos antes, não acordou no dia do aniversário de Naomi.
Por conta disso, Aimee decidiu desistir de seu sonho e cuidar das duas únicas pessoas que amava e haviam restado de sua família. Com o avô Jacob debilitado e com depressão, e não tendo condições de tomar conta do mercadinho da família, Aimee e Naomi decidiram tomar frente dos negócios.
Desde então é assim que tem sido: Naomi, Aimee e Jacob; um cuidando do outro da melhor forma possível. E agora, o mercadinho no andar térreo era o único sonho possível, tanto para Naomi quanto para sua irmã mais velha.
A morte de Constantine afetou muito Naomi, já que a mesma perdeu a avó no dia de seu aniversário de dezessete anos. Uma pessoa que ela se inspirava e admirava.
De sua avó, Naomi herdou o amor por livros, por pintura e o sonho de viajar o mundo. De sua avó, ela herdou o sorriso largo e o coração doce. E a única coisa que restará no coração de Naomi foi a saudade. A dolorosa saudade de não ouvir-lhe mais a voz, não ter mais as comidas maravilhosas, os conselhos e o colo de vó.
O mercado da família, a única fonte de renda do trio Barbu, tinha o toque de Constantine em cada pedaço. Nas prateleiras de madeira, nas paredes amarelas, no piso de linóleo, na decoração... Em tudo.
E era ali que Naomi se encontrava naquele momento. Estava sentada no caixa, os olhos fixos na caixa registradora enquanto o homem andava de um lado para o outro e falava animado.
— E eu falei pra ele — disse. — Mas ninguém acreditou!
Os olhos castanhos dele pararam em Naomi, que brincava com os bolsos do avental que usava, um sorriso falso preso em seus lábios.
— Você está ouvindo o que estou dizendo, lindinha? — perguntou Chase Mayer, namorado de Naomi. — Ei, terra chamando Naomi!
— Oi.
— Eu estou falando com você tem vinte minutos. — Ele falou. — Você ao menos escutou alguma coisa?
