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O SOL DA MANHÃ entrava por um fresta aberta da cortina, queimando na perna descoberta de Naomi. Ela remexeu-se na cama, tentando puxar a coberta para se cobrir, mas o sono já havia sido perdido. Mentalmente, ela amaldiçoou a cortina que não parava quieta no lugar.

Os seus olhos se abriram e ela encarou a escuridão parcial do quarto. Ela soltou um suspiro assustado e arregalou os olhos. Tinha alguma coisa no quarto com eles. Então, coçou os olhos e sentiu as batidas de seu coração se normalizarem. Era só as caixas da mudança empilhadas contra a parede.

O seu corpo voltou a relaxar. Ela checou a hora no relógio sobre a mesa de cabeceira e revirou os olhos, mais irritada ainda. 8:20 de um sábado. Sábado e ela estava acordada, sem nenhum pingo de sono.

Podia sentir a respiração quente de Bucky batendo em seu pescoço. Ele dormia feito um bebê. Vez ou outra, Naomi escutava os roncos dele soando em seu ouvido.

Um dos braços de Bucky estava sobre sua cintura e o de vibranium estava sob sua cabeça. Ela quis virar, ficar de frente pra ele e observá-lo dormir. Talvez, brincar com os cabelos dele ou só aconchegar em seu peito largo. Mas Naomi não queria acordar Bucky. Ela sabia que se saísse daquela posição, iria despertá-lo do sono gostoso.

Portanto, Naomi ficou quieta. Não tinha nem como usar o celular, já que o mesmo estava na sala. Não tinha nem Alpine para poder acariciar os pelos macios, já que a mesma estava na sala. Ela bufou e fechou os olhos. Volte a dormir, volte a dormir.

Naomi, então, passou a pensar sobre a vida. Em dois dias, não só estariam se mudando para um novo apartamento, como seriam oficialmente pais de uma linda garotinha. Os móveis do quarto de Nasdi já haviam sido comprados e, os mesmos, estavam em caixas na sala de estar. Na parte da tarde, iriam até a casa de vovô Jacob comemorar o aniversário de Liv. Para a sua felicidade, Vivian não havia sido convidada. Poderia se divertir à vontade.

— Que fome... — murmurou ela, olhando ao redor. Em resposta, o seu estômago roncou.

Bucky se mexeu na cama e espalmou a mão em sua barriga, a puxando para perto. Naomi fechou os olhos e sentiu o peito dele grudar em suas costas. Ele apoiou o queixo na curva de seu pescoço e ressonou, fazendo-a soltar a respiração.

Agora não tem como escapar mesmo, Naomi pensou. Os braços dele, agora, a envolviam em um abraço quentinho. Estava presa. E, mesmo se quisesse, não conseguiria sair daquela cama.

A respiração de Bucky bateu no pé de seu ouvido, fazendo a pele do local arrepiar. Ela fechou os olhos. A mão dele deslizou até o seu quadril, quente e áspera. Naomi prendeu a respiração, mais uma vez, e abriu os olhos. Bucky ergueu a barra da camiseta que ela vestia e infiltrou a mão por debaixo da mesma.

✓ Collide • Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora