𝑪𝑶𝑳𝑳𝑰𝑫𝑬.
⸻ As marcas que o Soldado Invernal havia deixado para trás ainda eram recentes na vida de todas as vítimas, inclusive na de Bucky Barnes, que continuava lutando contra os seus demônios internos.
Na busca pela paz, Bucky vive em meio...
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━━━━━━━━ BERLIM, ALEMANHA • 12:45
O VOO DE DUAS HORAS PARECEU DURAR VINTE HORAS TAMANHO ERA O NERVOSISMO DE NAOMI. A viagem de táxi até o prédio enorme e bonito do Centro Antiterrorista Conjunto, fora ainda mais lenta, já que o trânsito em Berlim estava uma loucura.
O prédio era enorme, com janelas de vidro que iam do chão ao teto, e com detalhes em concreto. Ela cerrou os olhos, observando as pessoas entrando e saindo pelas portas automáticas. Alguns guardas do GSG 9 estavam espalhados pelo pátio externo. Por conta disso, Naomi tinha certeza que Bucky estava lá dentro, em alguma sala, sozinho e assustado.
Ela suspirou, ajeitando o rabo de cavalo e caminhando, confiante, até a entrada principal. A porta automática deslizou para os lados assim que ela se aproximou, o ar gelado proporcionado pelo ar-condicionado, refrescando sua face. No entanto, antes que Naomi desse os passos necessários para estar dentro do prédio, um braço se estendeu na altura de seu peito, a parando.
Naomi encarou primeiro o braço estendido em sua frente, coberto por uma manga comprida e preta, e um relógio chique no pulso. Em seguida, ela girou a cabeça para o lado, encarando o guarda parado ali, os olhos fixos no horizonte. Ele nem fez questão de olhá-la.
— Posso ajudar? — falou ele, a voz grossa.
Naomi deu um passo para trás e olhou ao redor, confusa. O guarda abaixou a cabeça, finalmente a olhando e franziu o nariz, observando as roupas dela e o rosto suado.
— Hm... — murmurou Naomi. — Eu tenho um amigo aí dentro e precisava muito entrar.
— Não é assim que funciona, moça. — Ele riu. — Tem horário marcado com alguém? Algum crachá de identificação?
— Não...
Ela olhou ao redor mais uma vez, notando que várias outras pessoas entravam no prédio sem serem barradas ou exigidas um crachá de identificação. Se bem sabia, essas exigências eram feitas por uma recepcionista, certo?
— Sinto muito, pode ir embora.
— Escuta — pediu ela, unindo as mãos e abrindo um sorriso, angelical. — É meio que urgente, sabe? Eu não me importo de esperar na recepção para falar com alguém.
— A senhora poderia se retirar? — O homem pediu, olhando Naomi de cima a baixo. — A sua entrada não será permitida.
— O quê? Por que? — indagou. — E essas outras pessoas?
— Por favor, a senhora está interrompendo o caminho. — Ele pegou o braço de Naomi, e a empurrou para o lado.
