Capítulo 12 [Realizar]

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2020
Gizelly

Eu tinha acabado de escolher um filme para assistir nessa noite de sexta feira quando meu celular vibrou

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Eu tinha acabado de escolher um filme para assistir nessa noite de sexta feira quando meu celular vibrou. Abri uma cerveja, preparei um tira gosto e decidi que não ia olhar o celular agora, precisava descansar. Mas quando eu sentei de novo no sofá ele vibrou mais uma vez e eu não consegui me controlar. Meu coração até errou as batidas quando eu vi o nome da Rafa na tela. A última vez que eu a vi foi três dias atrás e ela não tinha dado nenhum sinal de vida depois disso. Em poucas horas do nosso dia juntas eu consegui demonstrar todo o meu talento negativo para a dança e ainda arrastei ela para a casa da minha ex, que não foi lá muito simpática.
Durante o caminho de volta pra casa Rafa ficou mais quieta do que estava antes. Não falou nada sobre Marcela ou minha antiga casa e combinamos de começar as aulas de dança na semana que vem, porque nesse final de semana era aniversário dos gêmeos e ela estava cheia de coisas para arrumar. Quando eu ofereci ajuda, para compensar o tanto que ela me ajudou, ela recusou na mesma hora e acabou o assunto. Concluí que ela não queria muita conversa comigo, então não puxei mais assunto e agradeci por não ter falado ainda do aniversário para a Alessia já que eu não sabia se estava mesmo convidada. Mas ela mandou mensagem e eu esqueci tudo aquilo. Segundos depois da minha resposta a campainha tocou.


- Você estava esperando aí já? - brinquei com ela por causa da rapidez, mas logo me arrependi vendo o olhar sem graça em seu rosto corado - É brincadeira Rafa.

- Não muito, eu já tinha saído do apartamento das meninas. - ela me olhou nos olhos quando eu sorri, mas logo desviou para todos os pontos da casa, menos onde eu estava - Minha família toda está aqui, para o aniversário amanhã, então eu dei uma fugidinha e eu não podia ir embora sem ver você. - fiquei sem saber o que falar na hora, coisa que é bem rara pra mim.

- E eu tô sendo uma péssima anfitriã né? Quer um chá? Café? Cerveja? Eu fiz tira gosto, quer? Vamos sentar na sala.

- Não, Gi...


Quando meus olhos encontraram o dela de novo foi impossível desviar. Seu olhar estava preso em mim. Ela deixou a bolsa que carregava em cima da minha mesa antes de dar mais um passo na minha direção. Suas mãos deslizaram pelos meus braços até encontrarem as minhas e uma corrente elétrica atravessando meu corpo me fez fechar os olhos. Rafaella me deu um beijo na testa e meu corpo inteiro tensionou com o toque leve dos lábios dela contra minha pele. Abri meus olhos, que encontraram o verde brilhante dos dela. Ela não desviou, nem parecia piscar. Suas mãos subiram para o meu rosto, segurando-o com delicadeza e traçando a linha do meu maxilar. Eu estava completamente paralisada, sem saber o que fazer, mas querendo fazer qualquer coisa para que esse momento não acabasse. Meus instintos me mandavam beijá-la naquele exato momento, mas minha cabeça me parava mostrando vários motivos para não fazer isso. Viajei um pouco nos prós e nos contras e voltei à realidade quando eu vi que ela sorria, ainda acariciando meu rosto com uma mão. Seu rosto se aproximou do meu e eu senti todo meu ar sair do corpo, mas ela desviou e sua boca encontrou meu ouvido.
Em um sussurro a voz dela tomou conta do meu corpo inteiro quando ela soltou apenas três palavras: "para de pensar". Meu lado racional foi desligado. Com as mãos em sua cintura eu puxei lentamente o corpo de Rafaella para mais perto do meu, ela deixou um beijo em meu rosto e voltou a me olhar - um olhar que dizia para eu não parar agora. Devagar toquei seus lábios com os meus e sentir sua respiração falhar, encontrando ali a confirmação que eu precisava para continuar. Passeei com minha língua pelo seu lábio inferior, pedindo passagem. Nossas línguas se encontraram, mandando mais um choque por todo o meu corpo e me fazendo segurar ela um pouco mais firme. Agora eu não só queria aquele beijo, eu PRECISAVA dele. Levei uma mão para a sua nuca o que nos permitiu aprofundar mais naquele momento e me senti confortável bem ali onde eu estava, de um jeito que eu não me sentia há algum tempo.

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