Capítulo 35 [Perceber]

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Meninas, eu suei pra escrever esse capítulo viu! 
Muito difícil conciliar o que eu quero que aconteça com a coerência na realidade kkkkkkk mas claro que eu não ia deixar vocês na agonia do cliffhanger de ontem, então tá aqui!

Tô amando demais interagir com vocês aqui e no twitter, vocês são demais!
Esse fim de semana não vai ter capítulo porque tenho umas outras coisas pra resolver, mas quem sentir saudade de ler o que eu escrevo, vai na minha página do insta (quantoaotempo) e tá saindo um livro aí também que já dá pra reservar. Saibam mais lá! 

Link de todas as minhas redes tá no perfil daqui! Boa sextaaaaa <3


2020
Gizelly

O caminho até o hospital foi mais longo do que deveria ser, o trânsito de São Paulo na hora do almoço fazendo os segundos se estenderem e a agonia que preenchia meu peito aumentar. Manu não sabia detalhes do que tinha acontecido, também estava apenas no caminho do hospital. As informações eram que Rafa tinha pegado o carro para ir falar comigo e em algum momento do trajeto que ligava a Kalimann's ao meu escritório um acidente levou ela e as crianças, que também estavam no carro, para o hospital. Minha raiva causada pela mentira deu lugar à preocupação que tomou conta do meu pensamento.
Eu precisava saber como ela estava e como estavam as crianças. As crianças que talvez fossem minhas. Bom, uma delas pelo menos, já que Marcela conseguiu apenas um embrião viável. Fechei os olhos e consegui abstrair desse fato por mais alguns instantes. Mari dirigia o meu carro porque eu não tinha condições e a Lelê no banco de trás me olhava com olhos arregalados tentando acompanhar cada movimentação.
Chegando ao hospital encontramos Manu em prantos na sala de espera. Ela me explicava entre soluços que ainda não tinha conseguido notícias além de que os três ocupantes do carro necessitaram de atendimento. Encontraram o número dela como terceiro na lista de contatos de emergência. O primeiro era o meu, eu sabia disso por uma tarde em que programamos nossos celulares assim e prometemos que não assustaríamos uma a outra assim. Ela estava quebrando bastante promessas hoje.


- Doutor! - chamei o primeiro médico que passou depois que conseguimos entender um pouco do que Manu falava, tentando vestir minha pose de advogada - Oi! Tudo bem? Preciso de informações sobre Rafaella Fernandes e os filhos, Leonardo e Sofia Fernandes. Eles sofreram um acidente de carro e nos ligaram para vir.

- Posso dizer que todos estão sendo atendidos e se algo de grave acontecer comunicaremos a vocês.

- Queremos entrar para acompanhá-los e saber mais informações.

- Desculpe senhora, lá dentro só é permitido familiares.

- Nós somos a família que ela tem aqui, alguém precisa ver de perto o que está acontecendo e fazer companhia para ela. Ela não pode ficar sozinha. É direito dela um acompanhante pelo plano de saúde que ela paga e direito das crianças também.

- Me desculpe senhora, mas...

- Ela é a namorada, pelo amor de deus! - foi Mariana que lançou o título que eu nem sei mais se queria, mas aceitei porque era conveniente naquele momento. O médico olhou pra mim e olhou a ficha que eu assumo que era dela, me pedindo minha identidade. Alessia apertou minha mão.

- Certo, permitiremos você de acompanhante, pela ligação pessoal com a paciente. As outras podem entrar no horário de visitas. - ele me indicou o caminho para o corredor.

-  É melhor que uma delas a acompanhe doutor, eu estou com a minha filha e...

- Permitirei que a senhora entre, se não for assim vocês podem esperar notícias aqui fora. É política do hospital que só os mais próximos são permitidos nas primeiras horas, estou considerando-a como cônjuge da acidentada, é a ajuda que posso dar. 

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