Capítulo 27 [Revelar]

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E vamos de capítulo de domingo? Eu fico com a mão coçando pra responder os comentários de vocês, mas já que eu não quero entregar, tô entregando a história mesmo kkkkkk aproveitem mais esse pra fechar o final de semana!


2020

Gizelly

Durante o caminho de volta para casa Alessia ficou quieta

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Durante o caminho de volta para casa Alessia ficou quieta. Eu sabia que ela estava sentindo a minha tensão, a minha raiva, meu desespero - tudo. Mas dessa vez eu não conseguia controlar. Era demais. O que Marcela aprontou dessa vez era algo que eu nunca imaginaria que alguém faria na vida real. Quando chegamos ao prédio Bianca já estava na portaria, conversando animadamente com Seu Luiz. Meu estômago ainda estava embrulhado com toda aquela história e meu cérebro tentava separar as informações recebidas e organizá-las de alguma forma lógica. Se existisse. Assim que avistou a madrinha, Alessia sorriu e correu para o seu colo.


- Tia Bia!

- Oi furacãozinho.

- Bianca, graças a Deus. - joguei meus braços sobre ela em um abraço forte, sabendo que não havia possibilidade dela não ter visto minha cara de choro. Bianca era colo, era porto seguro, era minha família desde que eu havia me mudado para São Paulo.

- Gi, que que aconteceu?

- Minha mãe surtou e eu tenho uma irmãzinha. - Alessia respondeu por mim, correndo para o elevador enquanto eu sentia meu olhar de desespero voltando a ser protagonista no meu rosto.

- Espera, o que?

- Pior que ela nem está tão longe da realidade. - tentei respirar fundo para não soltar toda a história ali mesmo e entramos juntas no elevador - Agora, Lelê, quando a gente chegar em casa eu preciso conversar com a tia Bia um pouco, ok? Sozinhas. Você pode ver um filminho na sala ou brincar com as bonecas no seu quarto.

- Eu posso ir na tia Manu?

- Podemos ir ver se ela está lá. - apertei o botão do 16º andar e retirei minha chave da bolsa, entregando para Bia - Você pode subir e me esperar um pouco? Só vou deixar a Alessia no apartamento das meninas.

- Claro. - desci do elevador com a minha pequena, deixando minha amiga lá. Toquei a campainha do 1604 esperando que Manu atendesse. Fui atendida, mas quem apareceu foi a Mari. Depois de alguns meses, ainda não tínhamos tanto contato como eu tinha com a Manu, mas ela me olhava menos estranho. Talvez eu tivesse um pouco de culpa também, quase nunca conversava com ela, mas é que até hoje aquela história do beijo tinha ficado no ar e eu não sabia bem como agir.

- Gi, tá tudo bem? - seus olhos demonstraram uma preocupação genuína e a vontade de chorar voltou como um raio.

- Tá, só...a Manu tá em casa?

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