𝖼𝗁𝖺𝗉𝗍𝖾𝗋 𝖷𝖷𝖵𝖨

2.5K 189 264
                                    

19/02/2021

Millie Bobby Brown's POV

— Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida!! — Ouvi a voz da minha mãe e de alguma outra pessoa que não consegui identificar ecoando. Me sento na cama, num susto, e vejo minha mãe, segurando um pequeno bolo com cobertura de chocolate, com Eric, que agora eu vejo ser a sua voz no couro. Olhei um pouco pra baixo e vi Ava, não percebi sua voz.
Dezenove de fevereiro, meu aniversário de 17 anos.
Sorrio para todos que estavam ali, tentando esconder minha cara de sono.
— Obrigada... — Sussurro.
Ava vem em minha direção e se joga em cima de mim, ainda vestindo seu pijama rosa.
— Parabéns, Mills.
Aperto seu pequeno corpo contra o meu e quando ela me solta, minha mãe deixa o bolo em cima da escrivaninha e se direciona a mim, me dando um beijo casto da testa, então segura em meu rosto com as duas mãos e diz, me olhando nos olhos:
— Feliz aniversário, Mills.
Logo depois recebo um abraço de Eric e me pego percebendo uma presença em falta.
— Se apronte logo. — Minha mãe diz antes de sair do quarto, levando todos juntos.
Minha tristeza não demora, já que ele entra, com um sorriso típico no rosto, já vestia uma jaqueta de couro preta com uma calça da mesma cor, seus cabelos estavam enormes e cheios, o que eu amava.
Ele tranca a porta e vem em minha direção, eu já sorria imensamente. Finn fez o mesmo que minha mãe havia feito minutos atrás, mas se senta ao meu lado e me beija, não na testa.
— Feliz aniversário, bebê.

Depois dele sair de meu quarto, me apronto, colocando um suéter colorido por cima de uma camiseta preta. Usava um short jeans de cintura alta vintagge e um tênis vans. Meu cabelo, solto e liso, que eu já estava enjoando.
Desço pra tomar café e todos estão lá, surpreendentemente Finn também. Me sento ao seu lado e começo a comer.
— Dezessete anos, crescem tão rápido...
No mesmo momento dessa fala de minha mãe, sinto algo segurar em minha mão livre, e era gelado. Era outra mão, que agora entrelaçava seus dedos aos meus. Encarei o gesto e depois o agente dele, que tomava seu café inocentemente. Tento o máximo não sorrir.
Era só olhar debaixo da mesa, só um olhar, mas eu não me importava.

Entrei no carro depois do café e Finn não demora ao liga-lo e dar partida.
— 17 anos... — Penso, era bizarro pensar que ontem eu tinha treze e ainda brincava de casinha com Sadie e os meninos. Era uma memória divertida. Finn estava no mesmo ano que eu e tinha acabado de fazer dezoito... — você é atrasado na escola?
Ele parece ficar levemente desconfortável, mas responde:
— Uhum. Repeti a sétima série.
— Oh. — Não quis perguntar o motivo.
Abro o máximo da janela e observo o céu. Estava azul com algumas nuvens brancas como algodão. O Sol beijava meu rosto e um vendo leve soprava. Estava um dia quente para o inverno, mas bem agradável. Era uma linda manhã, seria isso um bom sinal?
Ainda observando a paisagem do lado de fora sinto novamente sua mão gelada em contato com a minha pele, só que em outro lugar.
Ele a posicionou na minha coxa, mais pra cima do que costumava fazer e bem na parte em que o short não chegava, acariciando minha pele quente e me fazendo arrepiar. Provavelmente percebeu, e a moveu mais pro meio e pra cima, agora na parte coberta pelo jeans mas mais próximo de lá. Suspirei baixinho, não ousei tirar meu olhar do céu, mas sabia que ele sorria.

Meu namorado — ainda era estranho e bom demais o chamar assim, mesmo que estejamos juntos a duas semanas — estaciona o carro e nós descemos, assim fomos até a escadaria, lado a lado. Olho pra baixo por um reflexo e vejo sua mão pálida. Tão perto da minha, quase encostando...
Não pensei antes de a pegar e entrelaçar meus dedos. Olhando pro seu rosto, hesitante, vejo um semblante assustado de primeira, mas logo depois retribui o carinho. Suspiro de alívio mentalmente.
— Por que tão insegura, bebê? O cara que te rejeitava morreu. — Sussurra no meu ouvido.
Sorrio de leve pelas palavras e arrepio pelo sussurro tão perto, a felicidade me invade. Eu não precisava mais ter medo dele me achar grudenta demais.
Subimos a escadaria e adentramos a escola, logo avistei Sadie e Noah — que estava tentando chegar mais no horário — conversando calmamente no armário de Sadie.
Vou me aproximando com Finn e eles já me notam, correndo em minha direção e me abraçando.
— FELIZ ANIVERSÁRIO BROWNIE!! — Noah berrava.
— A GENTE TE AMA, BEBÊ! — Sadie falava alto, quase no mesmo tom de Noah.
Tenho que soltar a mão de Finn por conta do ato de meus melhores amigos, estava praticamente estafada ali e meio desconfortável por eles estarem gritando no corredor.
— Okay, okay.... — Quando finalmente me soltam, sorrindo, eu agradeço: — Obrigada... eu amo vocês.
Faço um coração com a mão e eles falam com Finn, que sorria.
— Okay, tenho novidades!
— Eu também! — Noah interrompe Sadie.
Não tenho tempo de ouvi-las pois o sinal toca.
— No intervalo. — Sadie diz, correndo pra sua sala.
— No intervalo. — Noah força uma voz esganicada e irritantemente fina para imitar Sadie e faz o mesmo.
Eu e Finn vamos para a sala, teríamos aula juntos, ciências.

my stepbrother | fillieOnde histórias criam vida. Descubra agora