𝖼𝗁𝖺𝗉𝗍𝖾𝗋 𝖷𝖷𝖨

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Depois do ocorrido no meu quarto, nós ficamos assistindo Friends, e... fazendo outras coisas, passamos a tarde assim e nossa, foi incrível. Sempre via as pessoas falando o quanto era bom viver esses tipos de momento, mas não sabia que era tanto assim. Eu poderia ficar ali com ele pra sempre.
Minha mãe apareceu algumas poucas vezes, mas nós nos afastávamos e ela achava que estávamos apenas assistindo uma série como bons irmãos fazem. Tenho certeza que desconfiou, mas deve lembrar o que eu achava de Finn no início e provavelmente descartou a ideia.
Depois, nós jantamos e fomos dormir normalmente. Eu não dormia tão bem há séculos, meu coração estava quente e eu me sentia abraçada de alguma maneira.
O sentimento de reciprocidade é um dos melhores do mundo, cheguei a essa conclusão. A ficha meio que ainda não tinha caído, ele gostava de mim também. Do mesmo jeito.
Confesso que ainda sentia medo. Medo de isso ser um sonho ou, dele amanhã me tratar indiferente de novo. Mas expulsei esse pensamentos... um pouco.
Eu estava feliz como nunca e não queria estragar isso.

Acordei num horário bom, nem muito cedo, nem muito tarde, às nove e meia, pra ser mais exata.
Acordei feliz, e eu sabia o motivo. Ele estava no quarto em frente ao meu, a alguns passos de distância de mim.
Atualizei Sadie de tudo, ela fez milhares de perguntas, ela sendo ela. As respondi, feliz e ela ficou mais feliz ainda por mim. As coisas entre ela e Caleb estavam cada vez melhor, o que me deixava muito feliz, eles se merecem, são duas pessoas incríveis.
Levanto da cama, tomo um banho e coloco uma regata com uma calça de moletom. Resolvo prender meu cabelo num rabo de cavalo.
Chegando ao primeiro andar, já estavam todos á mesa, menos ele. Uma preocupação veio automaticamente, mas ele era assim, afinal.
Tomo café respondendo todas as perguntas da minha mãe, perguntando se eu estava mais disposta e tal. Oh se estava.
Não quero que isso se repita, ouviu? Não faz bem. — O sermão da parte dela não podia faltar.
— Pode deixar.

Terminei o café e subi. Cogitei entrar no quarto dele, mas não queria que ele me achasse grudenta, então só virei e entrei no meu.
Era sábado e eu não tinha nada pra fazer, Sadie estava na casa da tia e só voltava amanhã, pra ir pra escola segunda.
Resolvo colocar música, então vou até a escrivaninha e abro a tela do notebook.
Love the way you lie da Rihanna ecoa no quarto.
Começo a cantarolar a letra e me jogo na cama, desbloqueando o celular. Mando uma mensagens pra Noah, que não responde de primeira.
Fico no instagram um bom tempo, até que ele me manda um "Oi".

ta em casa??

Noah: to, mas nem vem que tenho casamento pra ir hoje

de tarde?

Noah: a noite

e pq eu não posso ir aí agora?

Noah: minha filha eu me arrumo cedo, tenho que estar lindo sempre

oh
entendi, senhor beleza
nem sabia que vc ia em casamento

Noah: é, nem eu
descobri hoje que minha mãe me obrigou

Rio. Ele era sempre assim.

entendi, boa sorte

Noah: obrigado, brownie. boa sorte com a solidão.

Mal sabe, pensei. Outra hora contaria a Noah.
Ouço uma batida no parapeito da porta, e nem notei quando vi que ela já estava aberta.
Um ser alto estava encostado nela, sorrindo.
— Bom dia. — Ele diz. Sorrio. Ainda era ele.
— Desde quando você fala bom dia? — Brinco.
— Desde quando você não fala? — Ele se aproxima e fica bem perto do meu rosto, ainda sorrindo.
Encaro seus olhos profundos, como sempre e me aproximo, sem me importar se a porta estava aberta, o beijo.
Foi mais um selinho demorado.
The neighbourhood, Brown? Você é cheia de surpresas. — Nem me toquei que Daddy Issues tocava.
— Você não faz ideia.
Ele se deita na minha cama, ao meu lado.
— O que vamos fazer hoje? — Pergunta.
— Você não tem alguma festa ou rolê com seus amiguinhos delinquentes? — Provoco.
— Wow. — Dramatiza, com certeza não estava ofendido. — Não tenho, não. E mesmo se tivesse, não iria.
— Ah, é?
— É.
— E por que?
— Porque a sua companhia é melhor.
Rio anasaladamente, negando com cabeça.
Não que eu quisesse proibir Finn de sair com os amigos, com certeza não era esse tipo de garota e eu não tenho nem o direito de proibir nada, mas eu sabia da metade que ele fazia nesses lugares, e nem queria saber de tudo.
Resolvemos assistir Sex education, passamos a tarde assistindo, Finn havia dito que era boa, eu nunca tinha assistido, mas gostei dos primeiro episódios.
— Eu queria algum doce. — Digo, de repente.
— TPM? — Finn pergunta.
— Não, idiota. Só vontade. — Não sei o porquê, mas sentia que Finn estava meio tenso, como se fizesse algum movimento fosse se queimar. Ignoro.
— Vamos fazer alguma coisa, então. — Me surpreendo, ele gostava de cozinhar?! Ergo uma sobrancelha. — Que é? Não, eu não cozinho, mas você disse que tá com vontade, então...
Sorrio. Um pensamento invadiu a minha cabeça: ele nunca falaria isso pra mim há dois meses atrás. Na verdade, se ele não tivesse mudado, nem estaria deitado do meu lado.
— Que fofo, Wolfhard. — Ele sorri, ironicamente. — Eu sei fazer cookies, vem.
Dou pause na série e levando da cama, ele me segue.
Descemos até a cozinha e percebi que o tempo havia mudado, tinha esfriado muito.
— Vou pegar um moletom, tá frio aqui.
Ele assente e eu subo, pego um moletom cinza e volto a descer, quando chego na cozinha, vejo ele colocando farinha na bancada.
— Você sabe os ingredientes? — Pergunto.
— Não, mas quase tudo precisa de farinha, Millie.
— Ah, faz sentido.
Pego as coisas e começamos a fazer, e eu nunca me diverti tanto cozinhando, ele fazia tudo ser engraçado, ele me fazia rir como ninguém.
Tenho a impressão de que qualquer lugar, não importa qual seja, se eu estiver com ele vou adorar.
Ele joga uma mão de farinha no meu rosto e eu faço o mesmo com ele, gargalhando.
A "disputa" não rolou muito tempo, pois eu usei meu senso de ver que se prosseguíssemos a cozinha ficaria uma bagunça. Mesmo assim estávamos cobertos de farinha.

Estávamos moldando o formato dos cookies para colocar na travessa, quando Eric e minha mãe desceram.
— O que estão aprontando aí? Eu ouvi risadas. — Eric pergunta.
— Millie! Por que estão cobertos de farinha?! — Eu e Finn trocamos olhares.
— Foi só brincadeira, mãe. Estamos fazendo cookies.
Percebi que Eric estava boquiaberto, com certeza pensando que Finn não "fazia cookies" nem nada do tipo que envolva outro ser humano como companhia. Pois é, Eric, eu também pensava assim.
Bom, fico feliz que estão se dando bem, finalmente. — Eric diz, sorrindo.
Brincalhona, balanço a cabeça pro lado e pro outro, fazendo uma careta.
— Bom, se precisarem de nós estamos na sala. — Minha mãe se pronuncia e puxa Eric para a sala.

Deixamos os cookies no forno e resolvemos subir para esperar lá em cima.
— Eles vão desconfiar desse jeito. — Digo, fechando a porta, Finn já se sentava na cama.
— E...?
— E, Finn, que imagina: Você descobre que seu filho e a filha da sua namorada estão tendo algo, é estranho!!
— Eles terão que aceitar, Millie.
— Eu sei! Meu EU não estou pronta.
— Entendo, tudo bem, não precisamos dizer nada agora, tá? — Ele se levanta, ficando na minha frente.
Suspiro, assentindo com a cabeça.
— Mas e aí, quer fazer o que? — Ele pergunta e um pensamento vem na minha cabeça. Um pensamento que eu não pensei que fosse ter tão cedo.
O guio até a cama, ele senta.
Imediatamente eu junto nossos lábios em um selinho que logo virou algo mais "sério".
— Millie... — Ele empurra meu ombro de leve. Quantas vezes ele vai fazer isso?!
— O que? Eu to sóbria...
— Não, é que... eu...
— Você o que?
— Eu não quero ir muito rápido com você, porque eu sei que você nunca fez isso antes... — Suspiro.
— Finn, é exatamente por que eu nunca fiz antes que eu preciso. Nem to falando que sexo, mas você não precisa ter medo de me tocar. — Ele parece estar cogitando.
— Tá, mas me fala quando for pra parar, tá? Eu to falando sério. — Assinto, voltando a beija-ló.

Eu já estava em seu colo e arfando, quando paro pra pensar nos cookies no forno.
— F-finn, os cookies... — Tento dizer, ofegante.
— Quem liga?! — Ele fala, também ofegante e voltando a atacar meus lábios.
Eu não queria sair dali nunca mais. E foi difícil segurar seu rosto e o afastar do meu, minimamente.
— É sério, vão queimar... — Ver seus lábios vermelhos e inchados tão perto dos meus era uma tentação e eu queria voltar a beija-lo, mas consegui ter forças para sair de seu colo e ajeitar meu cabelo despenteado no espelho.
Descemos para a cozinha, nossos pais estavam dormindo profundamente no sofá da sala, enquanto algum filme do Adam Sandler passava na TV.
Pego luvas na gaveta e tiro os cookies do forno, ficaram ótimos fisicamente.
— Comemos lá em cima? — Pergunto. Vejo um sorriso malicioso crescendo em seus lábios ainda um pouco inchados. Reviro os olhos, rindo.
Só de lembrar do que estávamos fazendo os pelos do meu corpo de arrepiavam.
Coloco os biscoitos quentes em um pote e subo com ele e com Finn atrás de mim.
Passando pelo corredor, vejo pela fresta do quarto da minha mãe Ava dormindo em cima da cama deles.
— Estão todos dormindo, hm? — Finn diz. Dou uma risadinha.
Adentro o quarto e logo atrás de mim Finn fecha a porta. Deixo os cookies em cima do criado-mudo.
— Vamos deixá-los esfriando um pouco, okay? — Pego seus ombros, o guiando novamente até a cama, onde ele se senta e eu volto a me sentar em seu colo.

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bom dia mariconas, quero pedir desculpas pela demora e avisar que talvez não tenha capítulos toda semana, eu vou me esforçar pra ter mas não posso mais garantir, tá bem difícil escrever, também pelo fato de que eu me cobro muito com os capítulos, se não tiver gostado eu nem posto, sou bem perfeccionista com isso.
eu tava lendo uns comentários e vi que as vezes eu respondo vocês com o pronome feminino, sendo que eu não sei o gênero, me perdoem, é que minha mente imagina mais meninas lendo, desculpa de vdd.
qualquer dúvida podem perguntar e não se esqueçam de votar!!

my stepbrother | fillieOnde histórias criam vida. Descubra agora