02/04/2021
Millie Bobby Brown's POV
— Okay, mas você não pode negar que eles tem química nos filmes. O Daniel e a Emma. — Finn diz, histérico.
— Não importa! São os livros que contam! — Quase berrei, rindo. — Eles são irmãos e pronto.
— Okay! Concordo, não entenda mal. — Cede, não podia erguer os braços pois suas mãos estavam no volante.
— Romione é o nosso reflexo, o que você está insinuando?! — Brinco, batendo em seu braço, fingindo raiva.
— Nada! Nada! Nunca sonharia insinuar algo. — Diz, alto. Rio. — É sério. Nunca.
E o carro era novamente composto por gargalhadas. Como eu amava aquilo.O tempo de "viagem" até a escola foi rápido pelas risadas, é como dizem, o tempo voa quando estamos felizes.
Ao entrar, de mãos dadas com meu namorado, os olhares sobre nós havia sumido bastante, continuava por parte de alguns meninos do time e Lilia com suas amigas.
Joseph nunca mais falou com Finn desde mês passado, da briga, eu quase não o via mais, só as vezes de saída ou jogando, não muito diferente do que era antes.
Nossa relação estava ótima, digamos, mais quente do que antes da briga. Bem mais.
Nós estávamos aprendendo a fugir melhor, e tudo em si estava mais intenso. É difícil explicar, tanto meus hormônios como meus sentimentos por ele. Parece que tudo só aumentava, só de sentir seu toque eu me arrepiava. Quando ele chegava mais perto borboletas surgiam dançando em minha barriga.
Sadie estava em seu armário com Caleb, Noah provavelmente não tinha chegado. Eles conversavam com um semblante preocupado. Olho pra Finn, já nervosa, e nos aproximamos.
— Sads? — Ela se vira pra mim num pulo.
— Millie! Oi, Finn.
— Tá tudo bem? — Caleb parecia mais nervoso atrás dela. — Cale? Tudo certo?
Ela se vira pra ele, como se estivesse perdida e extremamente nervosa, isso estava me agoniando. Ela logo se vira de volta pra nós e abre a boca diversas vezes, nada sai.
— Sadie! — Grito, nervosa.
— Olha, eu conto no intervalo, sem pressão do sinal. Tá tudo bem, Millie.
— Não parece tudo bem pra mim.
Ela me faz um sinal pra esperar. Olho pra Finn, desesperada. E se ela estivesse doente? Grávida?!
— Calma. — Ele sussurra com sua voz rouca e macia, era impossível não me acalmar um pouco. Embora ainda estivesse preocupada, tento sossegar.
Meu pé balançava enquanto eu olhava para os lados, como se estivesse procurando algo ou alguém. Mas não, eu só não conseguia ficar parada.
Olhei pra Sadie, ela agora não parecia só nervosa, mas triste. Deitava no peito de Caleb, que estava atrás dela, e respirava fundo.
Já ia surtar perguntando o que tinha acontecido de novo, quando Noah chega.
— Que clima é esse?!
— Aconteceu algo com Sadie e ela não quer contar. — Digo.
— Calma, Millie. Não surta. — Ela fala.
Respiro fundo, antes de dar o horário de ir para a aula.
— Estamos juntos, agora. Venham. — Sadie me puxou junto a Noah para a aula de Educação Física. Nunca gostei, mas até que era boa em vôlei.
Viro a cabeça o quanto consigo para mandar beijinhos para Finn. Ele acena, rindo.Fiquei a aula inteira tentando trocar olhares com ela, mas nada. Então fomos pro vestiário, ela me disse que contaria no recreio e eu estava mais calma, embora ela tenha estado com um semblante triste o tempo todo, tentei esperar o tempo dela.
Quando o sinal tocou, praticamente puxo seu braço, a guiando pro refeitório. Noah veio atrás de nós.
Pegamos uma mesa vazia, fiz ela se sentar de frente pra mim e Schnapp.
— Então..?
— Calma, acho que Finn vai querer saber.
— Bonito ter contato pra Caleb antes de nós. — Noah brinca. Tinha um pouco de verdade.
— Contei hoje, ele chegou primeiro.
Olhei ao redor de todo o refeitório em busca de Finn e Caleb.
Uns cinco, no mínimo, minutos depois, eles se sentaram. Finn ao meu lado em que Noah não ocupava e Caleb com Sadie. Eu já estava quase arrancando os cabelos de curiosidade.
— Fala, logo, Sink, caralho. — Noah diz, impaciente.
E depois de todos já estarmos com a comida na mesa, ela começou:
— Eu... — Respirou fundo. — meus pais estão pensando na minha faculdade.
— Wow... verdade, só três meses... — Noah comenta. Faltavam três meses para terminarmos oficialmente a escola e pensar naquilo era mesmo meio... estranho. Ainda não tinha parado pra prestar atenção... apesar de me lembrar da minha mãe comentando comigo sobre algumas faculdades próximas, não prestei muita atenção....
— Então, eles estão querendo que eu faça intercâmbio... já comentei com vocês, lembram?
Não sabia o que pensar. Sadie sempre dizia que tinha muita vontade de fazer mas nunca pensei que realmente fosse acontecer.
— Claro... — Digo.
— Espera, é sério? — Noah pergunta, com uma feição impassível.
— Hm, sim? — A ruiva diz, meio hesitante.
— De verdade, Sads? — Falo, mais empolgada. Precisava ficar feliz por ela.
— Aham... — Parecia mais aliviada.
— Onde? — Meu melhor amigo pergunta. Caleb e Finn continuavam quietos.
Sadie fez um breve silêncio antes de responder:
— Londres.
Sinto meus olhos arregalando das órbitas. Noah quase pula ao meu lado.
— Sadie?! Isso é, tipo, literalmente em outro continente!
— Eu sei, Noah, mas eu sempre amei lá, vocês sabem, e meus pais também.. não vou perder essa oportunidade. Vou tentar, pelo menos.
— Eu acho incrível, Sadie. — Finn se pronuncia. Continuava espasma ao seu lado.
— Obrigada, Wolfhard. — O olha com um olhar brincalhão por usar seu sobrenome.
Vou despertando aos poucos, e apesar de só pensar na distância, precisava ver o lado de Sadie. Ela sempre amou a Europa e fazer intercâmbio sempre fora seu sonho.
— Sadie... isso é incrível! — Não menti, apesar de tentar mostrar mais animação do que eu realmente sentia. — Você vai conseguir, tenho certeza!
Ela sorri. Eu não duvidava nem um pouco, Sadie era extremamente inteligente.
— O prazo do intercâmbio é de dois anos, depois eu moro sozinha pra continuar a faculdade. — Explica.
Noah parece acordar, embora não parecesse tão animado quanto eu.
— Você vai entrar, Vadia Ruiva.
Ela sorri novamente.
— Obrigada pelo apoio, Snapchat.
Caleb não disse nada.
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my stepbrother | fillie
Fiksi PenggemarOnde a vida de Millie Bobby Brown muda quando o namorado de sua mãe vem morar em sua casa com seu filho, Finn Wolfhard, um bad boy inconsequente. E seu maior desafio vai ser conviver com um menino que ela odiava. Ou pensava odiar.