Como em Meus Sonhos [Desejos Ardentes - Livro Um] CONCLUÍDA

Capítulo 17

Sintonia. Afinidade...
Amor verdadeiro.
Compreensão...
Encontro de almas.
Juntos...
Na mesma conexão.
Sophia Vargas

— Porra, eu te amo real! — disse ao cair exausta na cama ao lado de Miguel. Rindo, o homem se virou de lado para olhá-la.

— Você não deve ficar repetindo isso, Liz. Vai iludir meu pobre e velho coração.

— Para alguém com um coração velho, você está aguentando bem umas fodas sinistras. — Miguel gargalhou, e o som de seu riso a contagiou. Se moveu rapidamente, pairando seu corpo sobre o dele enquanto olhava em seus olhos. — Não há nada de velho em você. — O homem abriu um pequeno sorriso e a puxou para mantê-la abrigada em seus braços.

Liz fechou os olhos e se deixou levar pela sensação acolhedora. Estar com ele ia além do sexo. Sentiam desejo pelo corpo um do outro, era inegável, mas a forma como ele a tratava era diferente. Miguel não a queria apenas para sexo. Era sempre atencioso antes e, principalmente, após se relacionarem. Se preocupava em mantê-la confortável, e talvez fosse esse cuidado que Liz tanto admirava. Estar com alguém que gostava de sexo tanto quanto ela, era bom, mas estar com alguém que gostava de fazer bem a ela, era o que o diferenciava dos demais casos que havia tido na vida. Ele não estava preocupado apenas em um buraco para se enfiar, gostava da companhia dela e fazia questão de deixar claro.

— Está com fome? — perguntou tranquilamente, enquanto acariciava seus cabelos.

— Um pouco — admitiu, soltando um longo suspiro antes de voltar a abrir os olhos e virar a cabeça para olhá-lo. — Vai cozinhar para mim? — Ele sorriu.

— Só se prometer não cuspir a comida.

— Prometo fingir que gosto — disse sorrindo, e teve a boca capturada em um beijo lento, mas cheio de promessas.

— Sua comida é uma delícia — disse ao limpar o prato que ele havia lhe servido. — A refeição também estava boa. — Miguel cuspiu o suco que estava em sua boca quando teve uma crise de risos, e a cena desastrosa fez Liz gargalhar.

— Porra, Liz, você me fez sujar o chão — disse enquanto se recuperava dos risos.

— Eu limpo para você. Onde acho um pano?

— Eu cuido disso, não se preocupe. — Se levantou e Liz o acompanhou.

— Então eu lavo a louça suja. — Recolheu os pratos e copos que estavam sobre a mesa e se dirigiu à pia, enquanto Miguel saía em busca do pano de chão.

Sua casa não era como ela havia imaginado. Quando esteve ali pela primeira vez, sequer chegou a entrar, apenas o aguardou na garagem enquanto ele buscava as chaves do carro, então não fazia ideia de como seria o interior da casa.

Apesar de ter uma fachada comum, Liz esperava mais luxo do lado de dentro. Não que estivesse interessada nos bens do homem, apenas por Miguel sempre andar com roupas e sapatos de grife, além de um cordão e relógio que ela acreditava ser de ouro, sem falar no carro novo. Imaginou que sua casa seguisse a mesma linha, mas o que encontrou foi um lugar comum, com um ambiente incrivelmente acolhedor.