É seguro aparecer hoje? 👀
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*"Passa-se a acreditar naquilo que se repete frequentemente para si mesmo, quer seja verdade ou mentira. Isso passa a ser um pensamento dominante na mente."
Robert Collier— Do que você está falando? — Miguel apertou os olhos ao ouvir a voz trêmula de Liz. Claro que uma notícia como aquela não poderia ser jogada em seu colo como ele havia feito, e se amaldiçoou por seu descontrole, entretanto, como poderia manter a calma diante de tal descoberta?
Tudo passou a fazer sentido naquele instante. O fato de sentir como se já a conhecesse desde que a viu na loja de materiais de construção, os traços familiares que tanto sua mãe quanto Suzana notaram quando estiveram juntas... Como ele pôde ser tão cego? Não eram exatamente iguais, mas era evidente que Cláudio e ela eram pai e filha. Os olhos azuis marcantes, o sorriso... "Deus! Como não notei?", se martirizou.
Toda aquela conexão, a sensação de aconchego quando estavam juntos, não passava de um reconhecimento fraternal? Realmente, o sangue chamava o sangue? Haviam confundido os sentimentos?
— Porra! — Explodiu, assustando ainda mais as garotas, então Mariana tratou de tirá-las dali para tentar distrai-las com qualquer coisa.
— Miguel? — A voz de Liz, embargada, fez seu peito doer. Não podia ser amor fraterno o que sentia por ela.
Tentando se acalmar, virou-se em sua direção. Seus olhos estavam marejados, e o desejo de mantê-la a salvo daquela decepção, se fez presente, mas como poderia ajudá-la se ele mesmo estava tão quebrado?
Fez menção de se aproximar, mas ela deu alguns passos para trás, abraçando a si mesma como se quisesse se proteger.
— Do que você está falando? — perguntou novamente, então encarou seu pai. — Pai, o que está acontecendo aqui?
— Vamos entrar, então explicarei tudo. — Miguel hesitou, mas se deu por vencido ao ver que Liz acompanhava o pai para dentro da pequena casa, então os seguiu.
Sentaram-se no sofá surrado que havia na sala, então Cláudio olhou de um para o outro antes de iniciar a história.
Trinta e cinco anos antes...
— Cláudio, eu preciso contar uma coisa. — O rapaz franziu as sobrancelhas ao ver o estado de nervos da garota. Mariângela era sua amiga há pouco mais de dois anos. Uma relação difícil, já que o pai da moça a mantinha em rédeas curtas e não aceitava muito bem quando algum rapaz se aproximava, mas como se gostavam, mantinham aquela amizade em segredo.
Se conheceram ainda na escola, e era lá que se viam, longe da ignorância e braveza do pai da moça, mas após Cláudio terminar o ensino médio, passou a trabalhar na marcenaria de um conhecido de seu pai, então a amizade dos dois ficou ainda mais difícil, pois só se viam quando ele acompanhava a amiga até certo ponto do caminho, a partir dali, cada um tomava um rumo diferente.
— Seu pai outra vez? Fizeram alguma fofoca sobre nós dois? — Ficou realmente preocupado. A última vez que soube da aproximação dos dois, o homem deu uma surra de cinta na filha e a deixou de castigo por alguns dias.
— Não. Eu... — Olhou para ele, hesitante. — Promete que não vai me julgar?
— É claro que não, garota! — Ela assentiu.
— Eu acompanho minha mãe nas faxinas aos finais de semana. — Ele assentiu, pois já sabia daquilo. — Eu conheci um rapaz, filho dos patrões dela. Ele sempre foi legal comigo, assim como você. Eu não tenho amigos, Cláudio, nem mesmo amigas. Meu pai sempre afasta todo mundo que tenta se aproximar, você é o único que se mantém ao meu lado para me dar apoio.
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Como em Meus Sonhos [Desejos Ardentes - Livro Um] CONCLUÍDA
RomansaSe encantar por um homem que sabe como tocar seu corpo e lhe proporcionar as mais fantásticas sensações, talvez seja o desejo de qualquer mulher, mas e se esse homem só existisse em sua cabeça? A jovem Liz, que sempre se orgulhou de ser uma mulher "...