16- Festa

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Embora a festinha que Elisa planejou não fosse nada extraordinária, meu coração se encheu de luz com o gesto simples mas de coração.

Passei os braços ao redor do seu pescoço em um abraço apertado piscando para afastar as lágrimas que pinicavam meus olhos.

— Obrigada — sussurrei com a voz embargada. — Eu amo você.

Lili me abraçou igualmente apertado, me esmagando ocntra o seu corpo magro.

— Eu também amo você — minha irmã respondeu com a voz trêmula. — Sempre vou estar do seu lado, mesmo quando você está sendo uma boba.

Eu ri e a afastei.

— A única boba aqui é você — respondi.

Elisa riu antes de erguer as sobrancelhas e indicar Alex com um movimento discreto do queixo.

Senti as bochechas esquentarem.

Eu não deveria ter contado para ela sobre o beijo. Agora Elisa iria ficar cismada que deveríamos ser um casal e isso era outra coisa que me preocupava.

Como eu poderia bancar a cupida deles quando gostava tanto de beijar Alex e estava louca para tirar a roupa dele? Pior: com que cara eu iria encarar Elisa se eles engatassem um namoro?

Eu não sabia o que me preocupava mais: a perspectiva da minha irmã não querer se envolver com Alex por minha causa ou ela se envolver com ele e eu precisar testemunhar.

Um frio tomou conta do meu estômago com a essa ideia.

Eu lidaria com aquilo tudo quando chegasse a hora. Não tinha sentido ficar surtando com o que ainda estava longe de acontecer. Eu aproveitaria o meu tempo como aluna e professora de Alex enquanto ainda era tempo e depois me preocuparia com Elisa e o crush dele.

Faria o tempo que tínhamos juntos valer à pena.

Como se soubesse que estávamos falando dele, o nerdinho se aproximou de nós com um sorriso tímido.

Ele cruzou as mãos nas costas, me observando com s lábios ccurvados para cima.

— Por acaso foi por isso que eu sumi o dia inteiro — contou erguendo o copo de plástico com refrigerante abarcando o quarto enfeitado.

Miyuki e Zayn estavam conversando a um canto mais afastado parecendo muito concentrados e por um segundo me senti como se estivesse invadindo alguma coisa.

— Não brinca! — exclamei com o meu tom mais surpreso e Elisa riu baixinho.

Alex  pressionou os lábios com força para não rir também, mas seus olhos reluziam com diversão e ele me abraçou pelos ombros.

— Chata — resmungou de brincadeirinha e mostrei língua para ele.

Seus olhos escureceram e a diversão abandonou o seu rosto, deixando uma expressão que eu tinha visto antes, quando estávamos nos beijando no gazebo do ofurô.

O ar ao nosso redor parecia carregado com energia, arrepiando todos os pelinhos minúsculos do meu corpo.

Não pela primeira vez, desejei poder enlaçar o seu pescoço e beijá-lo. No entanto, não fiz isso porque não queria deixar o clima estranho. Além de Alex estar interessado em Elisa, Zayn e eu ainda éramos tecnicamente ficantes.

— Vou deixar vocês dois a sós — Elisa disse com uma piscadela. — Preciso fazer xixi.

Alex piscou como se tivesse saído de um transe e suas bochechas adquiriram o mais delicioso tom de cor-de-rosa.

Química Imperfeita [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora