Jenny Delyon, é uma das 43 crianças que nasceram inexplicavelmente de mulheres aleatórias, sem ligação entre si, que no dia anterior não apresentavam nenhum sinal de gravidez, não sendo adotada pelo egocêntrico e rico Sir Reginald Hargreeves, Jenny...
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De volta a cozinha, observei tediosamente Cinco procurando por algo dentre os inúmeros armários. Klaus, sentado espalhafatosamente na cadeira da mesa, dedilhava distraidamente algumas cordas de uma guitarra velha na qual não tinha ideia de onde havia tirado.
- Onde está Vanya? - perguntou Allison, ao entrar na cozinha de repente.
- Foi embora. - respondeu Klaus, sem a olhar.
Ao lado, Cinco murmurou com pesar:
- Que pena... - ele encarava fixamente uma caneta vazia.
- Sim...- concordou Allison, não percebendo que o irmão se referia a outra coisa.
Batendo sua caneta na mesa próxima de Klaus, Cinco resmungou:
- Um quarteirão inteiro,42 quartos e 19 banheiros, mas nenhuma gota de café!
- Papai odiava Cafeína. - Allison relembrou.
- Ele odiava crianças também e teve um monte! - riu Klaus, encarando os irmãos.
Pensativo Cinco levou uma mão ao queixo. Depois de quatro longos segundos, decidiu-se:
- Vou pegar o carro!
- Onde você vai? - perguntou Klaus, interessado.
- Comprar uma xícara de café decente! - respondeu Cinco, como se fosse óbvio.
Allison franziu as sobrancelhas com estranheza.
- Você sabe dirigir? - indagou, incredula.
Soltando um riso convencido, Cinco arregaçou as mangas do uniforme, gabando-se:
- Eu sei fazer tudo. - antes que alguém pudesse fazer mais algum comentário teleportou-se para fora. Da cozinha pude ouvir o barulho de um carro velho franzindo ao ter seu motor ligado.
- Eu sinto que deveríamos tentar detê-lo - comentou Klaus, deixando a guitarra de lado - Mas também quero ver o que acontece.
- Se Cinco não for preso por insanidade, provavelmente será por confundirem-no com uma criança dirigindo um carro furtado sem carteira. - Allison riu fraco. Tinha quase certeza que ela realmente estava preocupada com qualquer uma das duas possibilidades - Bom, Klaus, eu vou indo também. Foi bom te ver, irmão.
Klaus sorriu lançando um tchauzinho animado com ambas as mãos tatuadas. Novamente sozinhos, o avisei:
- Vou atrás de Cinco.
- E Klaus volta a ficar solitário... - dramatizou levando a mão ao peito - Shiu, Ben. Shiuu...
Rindo, dei um tapinha em seu ombro indicando minha ida.
