Jenny Delyon, é uma das 43 crianças que nasceram inexplicavelmente de mulheres aleatórias, sem ligação entre si, que no dia anterior não apresentavam nenhum sinal de gravidez, não sendo adotada pelo egocêntrico e rico Sir Reginald Hargreeves, Jenny...
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✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
Mordendo ansiosamente a ponta do lápis que segurava, fitei o conjunto de folhas que havia dedicado horas para escrever meticulosamente com base em tudo que tinha descoberto no cômodo secreto.
- Você quer que eu reescreva tudo isso e esconda na mansão do papai? - repetiu Ben o que tinha acabado de lhe explicar.
- Exatamente. - concordei, virando a cadeira giratória para sua direção na cama.
- Jen, até entendi toda sua história com sua mãe e irmã gêmea misteriosa, mas isso já não é um pouco... demais? - indagou, receoso.
Suspirando, neguei firmemente. Sabia que Ben estava me achando um pouco paranoica demais e maluca, como Cinco e seus cálculos, depois de ter lhe contado tudo que sabia e tinha descoberto. Mas, por mais insano que fosse, definitivamente não era paranóia, eu diria precaução.
- Ben, temos uma reunião com nosso pai hoje. Ou melhor, nossos irmãos tem. Eu não confio naquele velho. - relembrei, levantando-me.
- Mas abandonar-nos... ele não faria isso, faria? - e mesmo que Ben não admitisse, sabia que a sementinha da dúvida já estava em sua cabeça - Somos seus filhos!
- Problemáticos e que nem mesmo ainda nasceram! - argumentei - Acha que Reginald vai ficar feliz da vida com nossa aparição repentina? Céus, não somos mais a Umbrella unida em que um dia fomos, estamos longe de ser seu time perfeito e ideal, você sabe que nosso egoísta pai só valoriza o útil...
- E não somos úteis para ele... - completou, deixando os ombros caírem inertes. Puxando ar entre os dentes, decidiu-se: - Tudo bem, farei isso. Mas, sinceramente, espero que nunca precisemos apelar para o uso disto.
Sorrindo aliviada, concordei.
- Eu também espero.
Apanhando o conjunto de folhas Ben começou a caminhar para a saída do quarto preparado para colocar nossa operação secreta em prática. Havia alertado-o sobre a importância de quanto menos pessoas souberem melhor seria.
- Ben - chamei de repente - Se você estivesse diferente em uma realidade paralela e eu fosse para lá e tentasse te convencer de tudo isso, o que você acha que seria útil e que não mudaria em nenhuma realidade que faria eu conseguir te convencer a para nosso lado?
Para minha surpresa, Ben, que havia passado longos minutos ouvindo minhas explicações das recentes descobertas, nem mesmo estranhou o teor estranho da questão.
- Jennifer - respondeu, com um pequeno sorriso - Acho que ela.
Franzindo o cenho, indaguei.
- Ben, quem é Jennifer? Já ouvi você e Klaus falando sobre, mas nunca de fato entendi.
