* Capítulo Reescrito
⊰᯽⊱┈──╌❊╌──┈⊰᯽⊱
⊰᯽⊱┈──╌❊╌──┈⊰᯽⊱
Sentia minhas pálpebras pesadas, mas isso não me impediu de abrir os olhos lacrimejantes. Meu corpo estava sob o efeito de uma estranha dormência, mas diferente de antes não me sentia mais tão cansada. Ainda encarando o teto esfreguei os olhos, bocejei e me movi mais para o lado da superfície macia na qual me repousava, assim que forcei meu corpo para cima descobri que se tratava de uma maca hospitalar. Então era isso, eu estava em um hospital?
Incerta, tirei minhas pernas para fora dos lençóis brancos que me cobriam. Espera só um minuto...
- Mãos... - sussurrei abismada, apenas naquele segundo notei algo crucial em minha imagem - Eu consigo ver minhas mãos!
Mas não eram apenas minhas mãos, meu corpo inteiro estava visível. Desde minhas pernas nuas pelo vestido hospitalar largo que usava, até os longos fios de cabelo longos que ultrapassavam a altura da cintura.
Ignorei a faísca de dor que cruzou meu corpo, comprimindo meu rosto numa careta ao dar o primeiro passo para fora da maca. O ferimento podia esperar, apoiando uma mão na cintura onde podia sentir um curativo bem feito me guiei até um espelho próximo pendurado na parede.
- Eu não sou feia! - exclamei, assombrada. Quando se é invisível você pode facilmente entrar nas que eu chamo "crises de aparência", afinal desde sempre vivi mais sobre teorias de como estava conforme crescia do que qualquer descrição concreta.
Meus cabelos continuavam com sua tonalidade ruivo alaranjado e meus olhos num azul claro deveras impressionante. Quase enfiando a cara no espelho, fiz todas as caretas possíveis, sorri e imitei algumas expressões faciais como felicidade, raiva, tristeza e até tédio. Era interessante notar o movimento de cada músculo facial.
Sorrindo largamente, ri baixinho ao notar o fato engraçado de algumas sardas que salpicavam minhas bochechas se alargavam junto a pele.
- Eu posso me acostumar com isso. - murmurei, cutucando minhas bochechas fofinhas. Raspando a garganta, arrumei minha postura tentando parecer séria. - Oi, eu sou a Jenny de 13 anos - segurei o riso - Número 8, a irmã mais bonita do mundo.
Uma batida na porta me fez sobressaltar, arregalando os olhos. Oh, então era assim que esse rosto, digo, meu rosto fica com os olhos arregalados, interessante. Olhei-me no espelho apenas por mais um segundo antes de me virar para a porta.
- Vejo que já acordou. - disse Cinco, colocando apenas metade do corpo para dentro do quarto - Pessoal, ela acordou!
Ao Cinco abrir mais a porta, Klaus foi o primeiro a sair o atropelando desesperadamente. Meus outros irmãos vieram atrás quase na mesma rapidez me fazendo sorrir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pilar • The Umbrella Academy
DiversosJenny Delyon, é uma das 43 crianças que nasceram inexplicavelmente de mulheres aleatórias, sem ligação entre si, que no dia anterior não apresentavam nenhum sinal de gravidez, não sendo adotada pelo egocêntrico e rico Sir Reginald Hargreeves, Jenny...