Jenny Delyon, é uma das 43 crianças que nasceram inexplicavelmente de mulheres aleatórias, sem ligação entre si, que no dia anterior não apresentavam nenhum sinal de gravidez, não sendo adotada pelo egocêntrico e rico Sir Reginald Hargreeves, Jenny...
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Dallas, Texas 1963
Ao terminar de explorar o lugar que parecia não ter fim, pensava que faria sentido se não tivesse, visto que estávamos no ponto que dividia a vida e a morte, passado e futuro, velho e novo, como disse Ben. Meu querido irmão me guiou para conhecer uma das figuras mais importantes dali.
A mulher alta na faixa dos 35 anos de idade e com longos cabelos castanhos tirou os olhos escuros dos papéis em sua mesa e nos fitou com curiosidade.
- Boa tarde, Benjamin Hargreeves - sorriu docemente, logo voltou-se a mim - Você seria Jenny Delyon?
Trocando um olhar com Ben diante a tamanha formalidade acenei em concordância.
- Curioso, muito curioso. - batucou seus dedos longos na mesa de carvalho.
- O que é curioso?
- Sua existência é de fato surpreendente, senhorita Delyon! - contou misteriosa - Grandes feitos, grandes feitos!
Franzindo a sobrancelha abri a boca para fazer outro questionamento sobre quais grandes feitos exatamente e porque tanta curiosidade sobre mim, porém Ben interveio:
- Jannet, pode abrir um portal para Dallas para nós?
Dallas? Quis questionar, mas seu abanar de mãos indicando que contaria tudo em breve me manteve em silêncio.
- Claro. - disse imediatamente, algo em seu comportamento estranho, quase inumano, me fazia lembrar de Grace - Porta 111.
Com um aceno vago de despedida, segui Ben até a porta branca próxima, nela havia uma placa indicando a curiosa númeração, 111, ele não exitou em girar o trinco da maçaneta dourada.
- Por que Dallas? - indaguei, confusa.
- Muita coisa aconteceu. - suspirou - Apenas pessoalmente entenderá.
- Ok... tudo bem... - murmurei, ainda mais intrigada - Quem está em Dallas?
- Todos nossos irmãos, mas vamos ver Klaus.
Com um simples empurrão a maçaneta girou e demos nosso primeiro passo para dentro do cômodo iluminado. Para minha surpresa, aquele salto similar aos poderes de teleporte de Cinco não me deixou enjoada ou com uma sensação estranha, foi um simples piscar de olhos e estávamos numa espécie de santuário budista repleto das mais curiosas pessoas.
- Klaus criou uma seita. - sorriu Ben, rindo da minha cara embasbacada para o grupo de jovens que rezavam aos pés de um enorme quadro adornado a ouro de Klaus.
