Jenny Delyon, é uma das 43 crianças que nasceram inexplicavelmente de mulheres aleatórias, sem ligação entre si, que no dia anterior não apresentavam nenhum sinal de gravidez, não sendo adotada pelo egocêntrico e rico Sir Reginald Hargreeves, Jenny...
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Passando a mão por meus cabelos que haviam crescido muito desde a última vez Cinco fita Elliot seriamente, exigindo:
- Como você encontrou ela? Explique detalhadamente.
Sem tirar os olhos de mim mesma naquela deplorável perspectiva perturbadora, ouvi Elliot começar seu relato:
- Eram nove da noite, estava quase pegando no sono depois de comer um sanduíche de atum como jantar, lembro-me de estar passando na TV um documentário sobre o Reino Animal...- contou realmente detalhadamente, fazendo todos revirarem os olhos.
- Direto ao ponto. - vociferou Cinco.
- Você disse detalhadamente - resmungou Elliot, antes de suspirar, prosseguindo: - Uma batina na porta soou me acordando do meu breve cochilo, teria ignorado se a pessoa não fosse tão insistente.
Aquilo tinha fisgado tanto minha atenção quanto de todos que se aproximaram um pouco mais.
- Quem era? - indagou Allison, intrigada.
- Uma mulher, uma mulher velha, baixinha e estranha. Jamais vi alguém usar tantas camadas de roupa, óculos escuros e luvas em pleno verão! - descreveu assombrado - Mas o que realmente me surpreendeu foi quem estava ao seu lado...
Engoli seco, aquela era minha descrição, ou melhor... minha eu de 58 anos disfarçada. Que grande ironia, salva por mim mesma.
- Essa garota - gesticulou para a maca - Estava flutuando no ar! Igual aqueles truques de magica, sabe?
Quase ri ao notar Cinco franzir as sobrancelhas, as engrenagens de seu cérebro começando a funcionar. Sabia que não demoraria para descobrir o óbvio.
- Senti minha alma saindo do meu corpo! - bateu palmas dramaticamente - Teria corrido se a senhora não tivesse me segurado pelo colarinho e me ameaçado como uma maluca. Sujeitinha com grande força, hein.
Luther que o diga, reprimi o riso maldoso.
- O que ela disse? - questionou Diego.
- Ela disse, quer dizer, ordenou para que eu cuidasse dessa menininha - puxou ar entre os dentes, admitindo um tanto envergonhado - E também que arrancaria cada um de meus dentes com um alicate e me faria engolir um a um se fizesse algum mal a ela, aí de mim...
Sem sombra de dúvidas, eu.
- Até me deu um chute nos países baixos para mostrar que falava sério. - arrepiou-se, chacoalhando a cabeça levemente - Chega fico todo arrepiado quando me lembro. Pensei que não seria mais capaz de ter filhos.
Dallas, 1986. O que a missão Cinco tinha esse ano para minha eu estava vagando a solta por ai...
- Alguém quer me explicar o que aconteceu com ela? - perguntou Vanya, a desmemoriada confusa.
