20. Come To Mama

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Poucas coisas estavam nítidas em sua visão

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Poucas coisas estavam nítidas em sua visão. Era um bar com iluminação escura e um tanto sensual, uma banda tocava jazz suave no fundo, contemporâneo, ou qualquer coisa parecida, em que você poderia relaxar, tomar um "drink"... e foi o que ela fez, bebericando mais um gole do seu "dry martini", a morena virou-se para o sujeito charmoso no banco ao seu lado, que a encarava com olhos claros sedutores e um meio sorriso de galã.

     "Lá vem o patinho!" foi o que o Jensen Ackles disse. 

     Por si só, "Lá vem o patinho!" já é uma uma frase um tanto... inesperada de se ouvir do Jensen Ackles, mas a forma como ele disse foi o que mais a estranhou. Ele passou a sorrir e fazer sons com a boca como se conversasse com uma criança, exceto que... ele conversava com Lindsey. 

     Ficou mais estranho quando sua voz transformou-se aos poucos, vagarosamente. A moça notou que algo não estava certo quando Jensen Ackles, com toda a sua aura de caçador de monstros, do tipo "Acabei de sair do 'set' de Supernatural", soou como a sua mãe. Foi então que a imagem do homem atraente começou a dissipar-se e, ao abrir os olhos, pôde enxergar o seu ventilador de teto, desligado.

     Deitada, de barriga para cima, Lindsey apenas ouvia a sua mãe, Emily Hill, conversando com Bellamy no banheiro.

     Soltou todo o ar dentro de si, aos poucos, fechando os olhos e voltando a inspirar lentamente, repetindo o processo até que se sentisse pronta para levantar da cama.

     Seguiu a mesma rotina de sempre. Fez suas higienes, cuidou da pele, arrumou o cabelo, trocou de roupa e direcionou-se ao banheiro, encontrando sua mãe, terminando de vestir a sua filha com um "body", de gatinhos, azul, que tem feito um enorme sucesso, com as suas pequenas orelinhas na touca, que faz parte do conjunto.

     — Você não precisava ter dado banho nela — Disse depois de cumprimentá-la e pegar a garota no colo, cheirando o topo de sua cabeça, que exalava o perfume mais viciante que já sentiu. 

     — Não foi nada demais. Bellamy é um anjo, então não foi nenhum sacrifício — Acariciou as mãos da bebê, que de vez em quando, ao passo que sua concentração está no mundo ao seu redor, ela as mantém juntas, quietamente, fazendo contraste com a agitação dos momentos em que a mesma movimenta os braços e pernas freneticamente, ainda descobrindo como eles funcionam.

     — Obrigada, de qualquer forma — Agradeceu, vendo a mais velha despejando a água da pequena banheira na pia, ouvindo-a responder que "Eu estou aqui para ajudar você e o Nicholas, lembra? Não se preocupe com isso." Sorriu.

     A manhã passou tranquilamente. Bellamy foi alimentada com cuidado. As duas mulheres, após alongarem-se na sala, comeram, juntas, um almoço leve e saudável, preparado por Nicholas, que já estava no trabalho. O rapaz faz o máximo que pode para, conforme a sua obrigação, dividir as tarefas igualmente entre os dois, as vezes até levando a filha para a loja por algumas horas, o que, para a sua sorte, sempre alegra um pouco o dia da sua chefe, que fica encantada com a fofura, não se importando com a sua presença curiosa.

Girl From MarsOnde histórias criam vida. Descubra agora