21. Somewhere Only We Know (Parte I)

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O capítulo acabou tendo mais de 6k de palavras, então eu o dividi em dois, para não ficar muito cansativo para vocês ksksak

Espero que gostem, já são os últimos antes do epílogo.

Espero que gostem, já são os últimos antes do epílogo

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Epígrafe:

"Tempo, tempo curioso
Não me deu bússolas, não me deu sinais
Haviam pistas que eu não vi?
E não é tão bonito pensar
O tempo todo houve algum
Barbante invisível
Amarrando você a mim?" Taylor Swift

Um ano depois.

     O tempo, de acordo com teorias científicas, é relativo, e passa de maneiras diferentes para cada pessoa, que o vivencia de formas totalmente únicas. Alega-se que, quanto mais rápido alguém viajar, mais devagar o tempo decorrerá, mas, ignorando todas as explicações físicas de Albert Einstein, que Alison não consegue entender, ela pensa sobre esta argumentação, questionando se tal lógica aplica-se, também, a velocidade em que a nossa mente trabalha:

     "Quanto mais ansiosa a minha mente martelar dezenas de possibilidades, problemas, preocupações, arrependimentos e inseguranças em um minuto, mais lentamente eu sentirei o tempo passar?"

     Ela tem almejado pelo futuro, esperado as estações irem e virem depressa, desejando que pudesse retornar aos braços reconfortantes de seu amado e aninhar-se dentro deles para sempre, tem esperado que as coisas melhorem depois do diploma, que a felicidade venha e a vida iniciasse definitivamente, mas, assim como na teoria de Einstein, é relativo, já que uma pessoa observando de uma perspectiva exterior à sua, de outro ângulo, suporia que a mesma já ultrapassara a linha de partida, mas por algum motivo, Alison, dentro do seu próprio ponto de vista, sente que ainda não a vivenciou. É diferente de uma pessoa para a outra, mas, ainda assim, como ela deveria saber? Não existem pistas ou sinais, nada que ela possa afirmar com convicção.

     Segurando Bellamy, assim como fizera pela primeira vez há um ano atrás, e olhando em seus olhos ingênuos e maravilhados, seria aceitável, ou justo, questionar se a vida dela já começou? O início está no primeiro choro, no primeiro joelho ralado ou no ensinamento que acompanha o primeiro coração partido? 

     E com 22 anos, já deveria ser o suficiente? Alison é muito nova para saber de qualquer coisa? É "crescida" demais para chorar e querer a sua mãe nos momentos difíceis? Para começar, errar e recomeçar?

     De que adianta permanecer dois anos "inerte", esperando a oportunidade de encontrar-se próxima de Nicholas, a fim de sentir-se completa, quando já poderia encontrar a sua própria felicidade em si mesma?

     Por vezes, o tempo passou ligeiro, e por vezes, os momentos arrastaram-se morosamente, quase como se o ponteiro desistisse de girar, independente de estar inundada em afazeres e sempre ocupada em uma rotina apertada, ela entende como se tudo tem sido uma questão psicológica, como um "estado de espírito".

Girl From MarsOnde histórias criam vida. Descubra agora