𝑂 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑢𝑙𝑎. ᵖᵃʳᵗ-¹

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- Obrigado pessoal. - Ban forçou um sorriso para os amigos e respirou fundo para acalmar a mente.

- Está tudo bem Ban, nada disso é sua culpa. Assim, como não é sua culpa por Elizabeth ser tão indiferente. Então não coloque um peso sobre você de algo que você nem mesmo tem culpa. - Elaine o confortou o abraçando por trás.

[...]
Elizabeth.

Me encostei em uma das colunas, ainda conseguindo ver e ouvir, Ban e seus amigos.
Meliodas parece ser um amigo bem especial para o Ban. Assim como também aparenta ter alguns conflitos internos...

Pensando bem, chega a ser ridículo ver o Ban se preocupar tanto com alguém assim. Já que ele nunca se preocupou com nada ou ninguém, além dele mesmo.

Confesso que me sinto estranha ao ouvir suas palavras amargas, mas ao mesmo tempo me sinto indiferente em relação a isso.
De qualquer forma, não importa.
Talvez essa sensação estranha, seja apenas por causa que Ban já foi alguém importante em minha vida.

De todo jeito, não me sinto mal por falar aquilo para Meliodas. Afinal, eu não menti de qualquer forma.
Forjar um sorriso realmente pode levar a destruição da sua mente, falo isso por experiência própria...

-Caminhei até o corredor mais próximo.-

Consegue sentir a energia negativa em Meliodas.  Aparentemente é alguém com muitos conflitos internos...(nota-autora: Elizabeth, vulgo; garota espiritualista.)
Mas aqui entre nós, os seus olhos verdes são lindos...
São como a grama esverdeada em um campo de rosas, que a muito tempo não tem sido cuidado ou cultivado.

Ahh.. o que estou pensando...
Parei em meio ao corredor e cerrei o punho, voltando para a realidade. Voltei a caminhar em busca da escadaria para ir até o segundo andar.

De repente, sinto algo líquido escorrer por minhas mãos, sentindo uma pontada de dor e rapidamente começando a sentir uma ardência.

– Isso é... Sangue? – levanto minhas mãos a onde minha visão possa alcança-las. Assim podendo observar as marcas que foram deixadas pelas unhas pontudas e o sangue fresco deslizante sobre a pele bracacenta.


Eu estou fazendo muito isso ultimamente. Vou acabar não tendo mais mão, dessa forma. Tsc..
Bom, acho que será um novo hobby para mim. Ao menos...
Por agora.

Desvio do meu caminho para a sala de aula. E vou a procura de um banheiro, onde possa sair dessa situação embaraçosa. Afinal, se alguém ver minhas mãos ensanguentadas, é capaz de entrar em algum tipo de situação estressante.

[…]

Antes de entrar no banheiro, olho ao meu redor para ver se não há ninguém por perto. Então, ao confirmar isso, adentro no banheiro feminino. Também confirmando que no mesmo, não há ninguém lá dentro.
Após isso, entro em uma das cabines.

Ao me sentar sobre a tampa do vaso sanitário, observei minhas mãos sangrarem.
Não é como se houvesse muito sangue em minhas mãos, mas também não é como se fosse pouco...

Por um momento, me deixo vacilar e lágrimas começam a percorrer por meu rosto.


Me deixei levar por meus sentimentos, que foram forçados a serem guardados lá no fundo e aos poucos foram se libertando de uma forma lenta e agoniante. Odeio essa sensação. Odeio quando isso acontece...
É como se uma montanha de desgostos e frustrações fosse jogada sobre meu corpo, apenas me fazendo suportar isso até que meu corpo débil, não aguente e apenas desista.

Eu sou a sua salvação e você é a minha!Onde histórias criam vida. Descubra agora