Capítulo 6

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[P.O.V ELIZABETH]

O vento frio e seco da madrugada toca em meu rosto me trazendo calafrios, meu rosto está frio, minhas mãos geladas.

Eu me sinto tão vazia, tanto como dentro e por fora. As pessoas olham para mim e sentem medo, não sei se devia ficar triste ou não. Na verdade, eu nem sei o que essas palavras significa.

Deitada no chão de meu quarto apenas escutando música pelos meus fones, me fazem imaginar coisas, coisas com qual eu sei que nunca acontecerá.

Ellie - Humm... Que horas são?

Me sento e olho as horas em meu telefone.

Ellie - Quatro e ponto, não é mesmo...

As vezes é estranho o modo em que finjo que tenho sentimentos.

Ellie - Preciso dormir...

Me alevanto do chão e tomo um banho em meu banheiro. Coloco o meu pijama e me deito.

Não queria dormir, mas é preciso para ir a aula amanhã. Agora eu estudo na mesma sala em que meu irmão e isso não é nem um pouco divertido.

06:35 da manhã.

Sei que as aulas só começam oito horas, mas não consigo dormir mais do que isso.

Ângela - Elizabeth, filha já esta acordada?

Ellie- - Oi dona Ângela...

Dona Ângela abre a porta de meu quarto, ela estava toda arrumada, parece que ela vai para o escritório hoje.

Ellie - Vai trabalhar?

Ângela - Vou sim... Elizabeth..

Ellie - Sim?

Ângela - Não se meta em confusão e vê se toma os seus remédios!

Ellie - Certo!

Ângela - Eu não estou brincando!

Ellie - Eu sei disso!

Ela sai de meu quarto me deixando sozinha.

Me vestir em um moletom preto, calça jeans azul e sapatos pretos.

Apenas uma roupa simples, não sou de chamar atenção.

Arrumo minha cama pego minha mochila e vou para a cozinha, tento comer mas não consigo.

Recebo uma mensagem, é o meu motorista, eu nem sei o seu nome e nem quero saber, não gosto de ter laços com ninguém.

• • •

- Está atrasada!

Ellie- Ainda falta três minutos para sete horas.

- Grr, olha garota não tô afim de papo!

- Olha só, eu só tenho aula às oito e meia, não precisa ficar estressado.

- Tsc!

Naquele momento, tudo ficou cinza e preto, o homem a minha frente havia me batido, sei que devia sentir algo, falar algo, mas eu não me importo eu não sinto nada, não quero sentir nada.

Tudo que fiz foi apenas estrar no carro e me manter calada.

O homem entra no carro e volta seu olhar a mim.

- Não conte nada a sua mãe, por favor!

Que idiota, óbvio que não vou contar a minha mãe, ela não está nem aí.

- Não quero perder meu emprego...

Se fazendo de santo, mau sabe que todos os motoristas meus, acabaram com uma péssima história.

Eu sou a sua salvação e você é a minha!Onde histórias criam vida. Descubra agora