Capítulo 31

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Oito e vinte da noite

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Oito e vinte da noite. Perde as contas de quantas vezes meu celular já vibrou ou tocou, pelas mensagens e ligações de Margareth e Ban.

Deixo meu celular na cama e vou até o closet pegar um casaco, devido a noite fria, porém, quando estou prestes a entrar, escuto batidas na porta do quarto.

- Quem é? - questiono já com minha mão sobre a maçaneta da porta do closet.

- É o Arlo, senhorita. - respondeu imediatamente.

- Pode entrar. - digo, por fim, abrindo a porta do closet e adentrando.

- Senhorita? - ouço o som de seus sapatos chocarem contra a madeira velha do piso, o abrir da porta do quarto quando ele entra e ela fechando logo em seguida.

- No closet. - lhe respondo, colocando minha cabeça para fora do outro cômodo para que ele me visse.

- Senhorita Elizabeth. - ele fica frente ao closet apenas parado na porta.

- Sim? - proucuro um casaco fino e leve em meio a tantos, para que eu possa me sentir confortável, mesmo sabendo a grande chance de continuar com frio nessa noite gélida.

- Fiquei surpreso quando me relataram sua presença repentina nesta casa. - clamou neutro.

Analiso sua face relaxada e deixo um suspiro escapar de meus lábios. Arlo sempre me deixou intrigada, aos meus olhos ele é uma pessoa muito interessante.

- Não lhe digo isso, por não gostar de sua presença. Apenas fiquei surpreso e curioso com sua aparição repentina, já que faz um bom tempo desde que foi para casa de seu pai. - disse com uma voz mansa.

- Não se preocupe. - digo pegando finalmente um casaco que me agradou - Só estou aqui por sentir falta de minha casa e principalmente da minha cama. - fixei meu olhar para o homem de setenta e oito anos em minha frente.

- Sente falta? - inclinou a cabeça.

Acho sua reação um pouco fofa e formo um sorriso em meus lábios. Arlo é um homem que sempre carrega uma expressão fechada em seu rosto, então se tornou legal quando ele esboça uma expressão que não seja aquela de costume.

- É claro. Não gosto da família de meu pai, apenas a suporto. - deixo o cabide sobre o banco de madeira e visto o casaco - e as camas de lá são horríveis, quase nunca consigo dormir direito. Bom, talvez isso possa ser devido às memórias que tenho de lá. Isso não importa... - digo indiferente.

- Então..? - Arlo me olha com um olhar curioso.

- Diferente daqui, que consigo dormir mesmo sem sentir sono e que tem os melhores chás e biscoitos. - sorriu - e principalmente, que tem Arlo.. Que cuida de mim mesmo sabendo das dificuldades da minha personalidade e que me atura sem nem mesmo reclamar.

Noto as bochechas pardas de Arlo ficarem rosadas, suas sobrancelhas que levantarem e uma expressão de surpresa que formou em seu rosto. Não sabia que Arlo poderia ser um velhinho tão fofo as vezes.

Eu sou a sua salvação e você é a minha!Onde histórias criam vida. Descubra agora