Rosas Azuis [CONCLUÍDA]

EXTRA 01

**Esse capítulo acontece anos depois do epílogo então se você ainda não leu, recomendo ler**

BRYAN

Mimi estava estranhamente quieta enquanto eu dirigia para o estúdio com uma mão apoiada confortavelmente na seu joelho.

Ela estava linda como sempre com os cabelos escuros caindo pelos ombros dentro de uma camisa larga e branca que estranhamente ressaltava seu corpo. Os olhos azuis refletiam a luz dourada do sol poente que entrava pela janela, surrealmente linda, distraída como estava.

Meu coração se apertou com o quão linda ela era.Eu ainda tinha dificuldade em acreditar que a garota por quem eu era apaixonado desde criança era a minha namorada, acreditar que tínhamos conseguido superar tudo.

— O que foi? — perguntei baixinho quando parei em um sinal vermelho. Mimi ergueu os olhos de um intenso tom de azul na minha direção e abriu um sorriso hesitante.

— Nada — respondeu pressionando os lábios e eu tive que reprimir o riso.

Supostamente estávamos indo buscar meus tios para comemorar o meu aniversário de vinte e quatro anos, mas eu tinha certeza que Yasmin estava aprontando alguma coisa. O pensamento lógico era uma festa surpresa, embora eu não tivesse certeza... apenas noventa e nove vírgula nove por cento.

Segui a curta viagem em silêncio enquanto Mimi cantarolava distraidamente as músicas da rádio.

Parei o carro diante da casa dos meus tios, os dois sobradinhos onde meu pai tinha crescido e conhecido a minha mãe de um jeito tão parecido com o que eu tinha conhecido a minha Mimi. De vizinhos para amigos e de amigos para amantes.

Eu só esperava que a minha garota não me largasse por algum fazendeiro babaca como a minha mãe fez com o velho.

— A casa está às escuras — Yasmin observou, me tirando desses pensamentos. — Buzina para ver se os seus tios saem.

Eu tive que virar o rosto para ela não me pegar rindo e apertei o centro do volante do meu Camaro.

— Sua tia ainda está se arrumando — veio o grito do tio Jota da janela escura. — Vem esperar aqui dentro.

Precisei respirar fundo para não acabar gargalhando. Eu me sentia com treze anos.

Abri a porta e dei a volta  pela frente do carro para abrir a de Yasmin.

— Tão cavalheiro... — murmurou dando um beijo suave nos meus lábios e apoiei a mão na sua cintura fina, puxando-a contra o meu corpo.

O cheiro do seu perfume me envolveu como um feitiço e respirei fundo contra o seu pescoço, fazendo ela se arrepiar inteira.

Os dedos de Mimi passearam por baixo da minha camiseta, me arrepiando.

Era tarde demais para dar meia volta e arrastar a minha namorada para o nosso quarto?