Capítulo 27

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Felina

Acordei e antes mesmo de abrir os olhos me lembrei da noite passada. Rolei na cama esperando encontrar a Adora do meu lado, mas a cama estava vazia.

Entrei em desespero, tirei minhas cobertas. Sai do quarto. Meu coração já estava acelerado. Passei os olhos pela sala, vendo uma cabeleira loira na cozinha. Corri em sua direção e a abracei pelas costas, deixando um beijo em seu ombro.

— Não suma de novo vagabunda. — Falei.

— Bom dia para você também, Felina. — Respondeu sem tirar os olhos da frigideira.

— Você está fazendo meu café da manhã? — Perguntei olhando por cima do seu ombro e vendo ovo mexido.

— Nosso café da manhã. Agora vai escovar os dentes que eu estou sentindo seu bafo. — Reclamou.

— Com uma namorada dessas quem precisa de inimigos. — Retruquei, indo até o banheiro.

O café da manhã foi confortável, a melhor parte foi a mensagem da Perfurma reclamando que a gente fez muito barulho de noite e que ela só queria uma noite noite de sono.

Depois desse dia entramos em uma espécie de rotina. A Adora continuou morando com a Glimmer. Eu queria tê-la por perto, mas também gostava do meu espaço pessoal. Já estávamos em setembro e o que me incomodava agora era não saber definir nossa relação. Primeiro nos tínhamos optado por não ter rótulos. Mas, agora eu queria chamar ela de namorada.

Eu não sabia como fazer isso. Mas, eu queria dar esse primeiro passo. Então, resolvi pedir conselhos.

Scorpia

Como você e a Perfurma
começaram a namorar?

Passaram vários minutos sem resposta, então decidi só distrair a mente, não era como se só pensando no problema, ele fosse ser resolvido.

Vi um episódio de uma série meia boca, até aparecer a notificação de mensagem na minha tela.

Scorpia

Sei lá, a gente meio que só começou a namorar sabe? Um dia sei lá a gente estava jantando, aí ela perguntou quer namorar comigo e respondi sim.

Teve a outra vez também,
mas eu prefiro não falar sobre isso.

Você quer pedir a Adora em namoro?

Sim.

Eu acho que você deveria ser natural, chegar discretamente e pedir,
duvido que a Adora vai ter dar um fora.

Se quiser dar um presente, pode dar. Só não inventa aquelas bobagens heteros de colocar pétalas no chão e balões. A gente, nós, sapatões já somos muito emocionadas.

Obrigado, acho que
entendi vou pensar.

Eu iria chamar ela para vir aqui, adquirir coragem e comprar um bichinho de pelúcia. Eu me lembro que quando ela era criança e tinha um coelhinho de pelúcia, que ela vivia agarrada, depois de um tempo ele sumiu, como ela gostara  muito desse brinquedo, achava que seria legal dar algo com essa carga sentimental.

Liguei para a Adora, mas como a boa emocionada que sou, me distrai do objetivo. Ficamos uma hora mais ou menos conversando sobre vários nadas, por que era isso que fazíamos quando estávamos entediadas. No fim, lembrei da surpresa.

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