Capítulo XII | Noite de Lua

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"Não acredito em coincidências. Acredito que as coisas se alinham quando estão destinadas."

Dark

1996     

I

                Ao sair da sala circular do Diretor, Severus sabia quem precisava procurar. Mas ele nunca encontrava aquele maldito fantasma em lugar nenhum. Então chamou pelo fantasma da Sonserina:

— BARÃO SANGRENTOOO!  — Snape gritou no meio do corredor. E uma dupla de monitores o encararam com olhares assustados estampados nos rostos.

"Esses monitores de hoje, se assustam com qualquer coisa. No meu tempo quando dava por si, já estava pendurado no ar, antes mesmo que tivesse tempo de se assustar. "

O fantasma de rosto agressivo, mas que possuía enorme melancolia no olhar, apareceu repentinamente na frente do homem que vestia negro. Havia uma enorme quantidade de sangue prateado em suas vestes cinzentas. Ele olhou Snape com ar sério, como se isso sinalizasse que o humano deveria falar.

— Preciso falar com ela, com urgência... só você é capaz de encontrá-la.

— Não sei porque me pede isto, ela foge de mim sempre que me vê — respondeu com frieza.

— Eu não disse que ela não foge de você... eu disse que você SABE onde ela vai, quando some — Snape então passou do sarcasmo a uma voz que encenava inocência — Me equivoquei? 

— É bom que seja importante.. 

O fantasma desapareceu na frente de Snape, tão rapidamente quanto apareceu. Severus caminhou para seus aposentos, afim de juntar o que precisaria para realizar a missão. Quando Barão apareceu no meio da  antessala do pocionista, segurava Helena Ravenclaw pelo pulso.

— Preciso de sua ajuda! — O homem falou sem perda de tempo.

— É assim que busca minha ajuda, Snape? Mandando esse monstro me trazer a força?

— Helena, você já pensou que o que te prende aqui pode ser o rancor que sente pelo Barão? Porque ele certamente está preso aqui pela culpa...

Helena era bela, uma moça de traços delicados e cabelos escuros. Mas fez o que poderia ser chamado de um bufado sinistro.

— NÃO É POR ISSO QUE ESTOU AQUI!!!!!! — Helena gritou com uma voz tenebrosa, e se aproximou de Snape com tanta força que conseguiu se soltar do Barão. Suas feições mudaram de uma doce menina, para uma imagem aterrorizante. Mas o rosto do professor de DCAT  permaneceu impassível. Todos os dias colocava-se em risco convivendo com comensais, sempre na presença DELE. Já tinha visto coisas muito mais assustadoras e horrendas do que um simples fantasma com "raivinha".

— Ótimo, foi o que pensei. Então talvez você queira ouvir minha proposta.

— Não tenho interesse — respondeu ríspida.

Helena começou a deslizar para fora do cômodo e Snape se apressou em dizer.

— Eu prometo destruí-lo!!!!! 

O fantasma parou, mas não se virou.

— Destruir o que? — falou com uma voz calma de quem nunca seria capaz de gritar com alguém na vida, nem na morte.

— Você sabe o que... o diadema — Snape falou com impaciência — te ajudo se você me ajudar.

Helena olhou para ele, dava para ver que seus olhos fantasmagóricos se arregalaram e possuíam um brilho de ódio.

De Volta Para o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora