Capítulo XXXII | Sangue de Unicórnio

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"Prefiro ter sentido seu cabelo uma vez, prefiro ter tocado sua mão uma vez, prefiro ter lhe beijado uma vez, do que passar a eternidade sem isso!"

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"Prefiro ter sentido seu cabelo uma vez, prefiro ter tocado sua mão uma vez, prefiro ter lhe beijado uma vez, do que passar a eternidade sem isso!"

Cidades dos Anjos

I

Fevereiro de 1977


A Biblioteca tinha uma sala de arquivos especiais, memórias da História que eram consideradas didáticas e relevantes. Snape reservou um horário para usar a sala da Penseira, mas ele não estava ali para ver o momento que Dumbledore derrotou Grindelwald. Ou quando Vicência Santos foi escolhida pelo Qilin para tornar-se Cacique Suprema do mundo Bruxo. Ou quem sabe voltar no tempo para conferir se Salazar Slytherin e Godric Gryffindor eram realmente amantes, antes de Salazar cortar relações com todos os fundadores e ir embora de Hogwarts.

Tantos momentos do passado, mas Severus queria apenas ver o seu futuro.

Snape derramou o liquido brilhante cinza e deixou-se cair, ansioso, naquele abismo junto com lembranças que nem eram suas ainda.

Memórias do Antigo Snape - 3 de Abril de 1977

Nos jardins de Hogwarts uma garota contemplava o Lago Negro. Os cabelos fartos, cacheados e castanhos entregavam sua identidade, Severus aproximou-se para ver o rosto que tanto amava, não tinha dúvidas que era a aquela que roubou o seu coração.

Hermione esperava alguém, estava de costas para o Castelo admirando o reflexo da Lua no Lago, tão concentrada que teve a sensação que ela poderia ficar ali a noite toda. E ele ficaria ali olhando para ela naquela memória o tempo que durasse, não estava com pressa para ir embora. Passos entregaram a presença de alguém, a garota virou-se e sorriu. Snape viu a si mesmo aproximar-se para abraçá-la, mas ela desvencilhou.

- Uma bela noite para um eclipse - Snape puxou assunto enquanto tentava compreender o comportamento dela - fiquei feliz quando me chamou para assistir com você.

- Eu não chamei você para ver o eclipse - Os olhos cor de mel encheram-se de lágrimas - chamei para me despedir, estou indo embora.

- Quando? - perguntou estarrecido.

- Esta noite - disse com dificuldade, fazendo esforço para não chorar.

- Você pretendia ir embora sem me avisar? - perguntou magoado e levemente irritado.

- Não! - disse pesarosa - Eu preciso te contar uma coisa.

- Pode me contar qualquer coisa - suplicou enquanto entrelaçava os dedos na mão de Hermione, com a esperança em seu íntimo de fazê-la mudar de ideia.

- Você vai me odiar - constatou convicta.

- Por que diz isso?

- Por que eu menti... mas antes que diga qualquer coisa, preciso que saiba que eu não tive escolha. Nunca quis mentir para você, pelo menos não para o você que eu conheço agora...

De Volta Para o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora