Capítulo XXXIII | Harry Polissuco

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Noite da Batalha de Hogwarts -

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Noite da Batalha de Hogwarts -

I

1ª de Maio de 1998

- Mate - sibilou Voldemort em ofidioglossia.

A cobra manteve-se parada observando o mestre. Harry não conseguia ler mentes para saber o que estava acontecendo, mas conseguiria entender a conversa entre eles, se ao menos estivessem conversando.

Snape deu um passo atrás desarmado, sabia o que estava prestes a acontecer, a cobra iria matá-lo lentamente e depois devorá-lo, assim como fez com a Professora Caridade Burbage na Mansão Malfoy. Foi uma cena grotesca e difícil de assistir, nunca pensou que um dia protagonizaria uma cena igualmente execrável.

O Diretor de Hogwarts olhou ao redor, na Casa dos Gritos, a procura de uma escapatória; Voldemort e Nagini estavam parados bloqueando a porta, eles faziam algum tipo de comunicação visual que Snape não conseguiu compreender.

Tinha que pensar rápido, a única possibilidade que viu foi uma pilha de caixas que parecia esconder uma saída, mas se na melhor das hipóteses conseguisse chegar até a passagem antes de ser pego pela cobra, ainda era apertada demais para que conseguisse atravessar.

Dizem que quando estamos diante da morte, ela nos mostra uma retrospectiva da nossa vida, mas em toda sua vida só havia um lugar para onde Snape desejava voltar; para o lado dela.

Snape lembrou da noite do eclipse.

II

3 de Abril de 1977

- Você quer casar comigo? - perguntou Snape ajoelhado.

- Você sabe que eu sempre odiei você? - Ela pegou na mão dele, tentando fazer com que se levantasse. Snape ficou nervoso, pensou que aquilo seria uma recusa, seu queixo tremeu levemente, mas permaneceu impassível, não esperava por um não, mas sabia que era possível.

Os olhos de Hermione marejaram, ela tremia nervosamente. Queria que ele levantasse, queria abraçá-lo. Tudo era estranho: Snape, aquele homem que detestava, a amava e estava ali de joelhos pedindo para que fosse sua esposa.

Hermione ainda não sabia como poderia fazer dar certo, mas ela queria ficar no passado, queria lutar ao lado dele. Construir um futuro no passado, porque não? Contanto que estivessem juntos. Ela faria dar certo, porque sentia que qualquer lugar longe dele não faria mais sentido.

- Sabia que eu nunca imaginei que estaria em 1977... e que em hipótese alguma eu imaginaria que um dia você me pediria em casamento? Mesmo se alguém me contasse, eu não teria acreditado.

Snape engoliu em seco, ela continuou, emocionada.

- Dizem que ódio é um sentimento tão forte que só pode ser sentido por alguém que cultiva grandes sentimentos por outra pessoa. Ódio é um caminho, um extremo oposto de outro sentimento.

De Volta Para o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora