92 | pensando alto.

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Noah.

Assim que cheguei em casa, corri para arrumar a mesa para que eu e Sina pudéssemos almoçar juntos. Peguei algumas velas na gaveta e algumas flores no jardim, em seguida coloquei uma música calma para tocar fundo e baixei a iluminação.

Ouvi a campainha tocar e corri para atender. Quando abri a porta e vi a figura na minha frente, jurei que ouvi anjos cantando ao nosso redor.

Sina estava com o cabelo preso em uma trança, usava uma blusa ombro a ombro estampada com uma saia jeans, e nos pés os seus inseparáveis tênis Fila. Vi o seu rosto corar e percebi que estive olhando todo o seu corpo por muito tempo.

Puxei sua mão e entrelacei nossos dedos, sentindo uma eletricidade por todo o meu corpo. Sina se aproximou de mim, selando nossos lábios e eu quase chorei quando sua língua tocou a minha. Sua boca era macia e tinha um gosto delicioso de cereja.

Cada vez que eu a via na minha frente me apaixonava mais.

Ela se afastou rapidamente e levantou as sobrancelhas.

— O que você acabou de dizer?

Droga. Pensei alto e ela ouviu tudo.

— Eu estava apenas pensando. Perdão, não sabia que tinha pensado alto.

Ela riu e beijou minha bochecha.

— Continue pensando alto, é lindo te ver assim.

Era tudo muito novo para mim, não sabia qual era a hora certa de dizer um "eu te amo" — apesar de já ter dito sem querer —. Ainda precisava me acostumar com essa coisa de amor.

— Vem, vamos almoçar. — Peguei sua bolsa e joguei no sofá. Segurei em seus ombros e caminhamos juntos até a cozinha.

Olhei para Sina ao meu lado, que estava maravilhada ao ver tudo o que eu tinha preparado.

— Ficou simples. — Cocei a nuca e ela me olhou.

— Noah, pouco me importa isso. — Ela segurou em meu rosto com as duas mãos e encostou a testa na minha. — O que mais vale são as suas atitudes, e você me provar que mudou. — Fechou os olhos e mordeu o lábio inferior. — Diz aquilo outra vez.

— O quê?

— Que me ama. Eu preciso ouvir você me dizendo isso mais uma vez. — Senti o chão sumir em meus pés e o ar faltar em meus pulmões.

Levei minhas mãos até a sua nuca e puxei sua cabeça para o lado.

— Te amo. — Beijei sua bochecha. — Te amo. — Desci o beijo até a linha de sua mandíbula. — E te amo cada vez mais a cada segundo que se passa. — Dei um último beijo na curva de seu pescoço e me afastei, antes que o nosso almoço fosse para o espaço e eu caísse no sofá com ela.

Nos sentamos à mesa e nos servimos. Sina parecia estar com bastante fome, já que não olhou em minha direção um segundo sequer, entretida em seu prato. Ri da cena e puxei o celular do bolso, tirando uma foto sua em seguida.

— Ei! — Ela gritou ao ver o flash em seu rosto. Escondi o aparelho de volta no bolso antes que ela tentasse tomar de mim. — Eu vou tirar uma foto constrangedora sua e vender para o TMZ.

— Constrangedora quanto? — Balancei as sobrancelhas.

— Você tomando banho. — Deu uma piscadela e eu joguei uma bolinha de guardanapo nela.

— No caso, essa você vai guardar e ficar olhando todas as noites. — Ela abriu a boca e levantou as sobrancelhas. Deixar Sina constrangida era a coisa mais fácil do mundo.

DADDY'S DARLING ↯ noartOnde histórias criam vida. Descubra agora