13 - Separação

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NOTAS:

Quando eu assisti à série na Netflix, me incomodou um pouco a impressão de que Adora, ao decidir sair da Horda, apenas foi embora e, aparentemente, não teve dúvidas, inseguranças, saudades, etc. Aqui, eu tentei mostrar uma outra perspectiva dessa situação.
Neste capítulo e no capítulo anterior eu quis mostrar isto: o que teria pesado tanto para Adora quanto para Catra na hora de tomarem suas decisões sobre qual lado iriam escolher? Quais medos e inseguranças elas enfrentaram na hora de tomar essas decisões? E o que Adora sentiu depois que foi para o lado da Rebelião?
Esta é a minha visão dos fatos e fiquem à vontade para comentarem a visão de vocês.
Boa leitura e obrigada por acompanharem!

*****

*República estudantil Lua Clara*

*Tempo atual*

Adora entrou em Lua Clara carregando uma mochila e duas pequenas malas de viagem. Era tudo o que ela tinha e havia tirado da Zona do Medo o mais rápido possível. Para ela, era impensável continuar ali mais um dia sequer, sabendo que, muito provavelmente, aqueles alunos veteranos que moravam ali e já trabalhavam no "A Horda" há um bom tempo sabiam dos esquemas de Hordak com as empresas Prime-Black.

Além disso, Glimmer e Bow a alertaram de que poderia ser perigoso continuar ali, agora que ela tinha, abertamente, se declarado contra os esquemas da empresa na frente do delegado.

As garotas da república Lua Clara entreolharam-se espantadas e curiosas quando viram Glimmer e Bow entrando com Adora, ajudando-a a carregar suas coisas.

− Gente... o que está acontecendo aqui? – perguntou Netossa, um pouco ríspida.

− Meninas, Bow e eu trouxemos Adora para morar aqui com a gente – Glimmer disse.

− Ãh... mas não foi ela que, tipo... deixou vocês lá na fábrica pra morrer nas mãos dos capangas da Prime-Black? – perguntou Mermista.

− Sim!... Quer dizer, não!... Quer dizer, mais ou menos... olha, é uma longa história.

Frosta, que estava lá esperando Glimmer voltar para saber de tudo o que tinha acontecido, pulou do sofá com os olhos brilhando e disse, vibrando de empolgação:

− Ela é nossa refém?? Você pegou ela como refém e agora vamos negociar uma rendição com a empresa do mal?

− O quê? Não! Claro que não! Adora saiu do "A Horda" e da Zona do Medo. Gente, espera aí que eu vou contar tudo pra vocês. Só vou levar Adora até o quarto que está vago para ela colocar as coisas dela e descansar um pouco.

− Calma aí, Glimmer! – disse Netossa – Eu acho que a gente tem que conversar antes de levá-la a qualquer lugar...

− Glimmer, Bow... – disse Adora, calma mas decidida – se a minha presença aqui for trazer problemas para vocês, eu posso procurar outro lugar para ficar.

− Não! – disse Glimmer.

− Talvez sim... – disse Netossa.

− Calma, gente! Vamos todos respirar fundo, fechar os olhos e fazer alguns exercícios básicos de respiração para trazer equilíbrio e iluminação para nossas decis... – Perfuma ia dizendo, quando foi interrompida por Spinerella:

− Gente, vamos nos acalmar e parar com essa confusão! Senta todo mundo e vamos conversar... Você também, Adora. Senta aí e vamos ver o que está acontecendo... Glimmer, pode nos contar por que trouxe Adora aqui?

− Gente, eu vou contar primeiro a versão curta, depois conto detalhes: Bow e eu fomos na Ilha das Feras novamente, lá encontramos Adora, conversamos com ela, vimos que ela também estava preocupada com os trabalhadores que estavam sendo explorados dentro da fábrica, contamos pra ela que a Prime-Black está por trás de tudo, ela nos ajudou a conseguir mais provas, mas fomos todos pegos novamente, perdemos as nossas provas, mas Adora, agora sabendo a verdade, decidiu sair do "A Horda" e da Zona do Medo e não tem para onde ir... Ufa! Acho que é isso!

Amor, segredos e mentiras (Catradora)Onde histórias criam vida. Descubra agora