Amor, segredos e mentiras (Catradora)

20 - O laboratório de Entrapta

NOTAS:

Neste capítulo, nós vamos ver se Adora consegue convencer as meninas de Lua Clara de que não é ela que está passando informações para o outro lado. E será que Catra está feliz com a vitória da primeira competição do Torneio?
Boa leitura e obrigada por acompanharem!
Obs.: Este capítulo apresenta cenas de violência verbal, física e faz referência a violência contra crianças e estes conteúdos podem causar desconforto psicológico.

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*Centro da cidade*

*Tempo atual*

Foram necessárias muitas DRs com a equipe do "A Rebelião" até que todos se convencessem de que Adora não tinha nada a ver com o vazamento das informações sobre Entrapta para Catra. Até Juliet havia dito para a Profa. Angela ficar de olho em Adora porque aquilo tinha sido muito suspeito para ser só uma coincidência. Mas, aos poucos, todos foram acreditando na inocência de Adora. Netossa foi a última a acreditar, mas, mesmo desconfiada, resolveu abaixar a guarda.

Adora ficou péssima durante alguns dias por conta de tudo o que estava acontecendo. Ter perdido a disputa pela primeira matéria do Torneio foi um golpe para ela, que estava começando a se sentir insegura e fracassada, porque se culpava pela derrota. Mas não era só isso. Ela também estava, ao mesmo tempo, irritada e triste com o que Catra havia feito. Conhecendo a amiga como ela conhecia, tinha certeza de que Catra estava com raiva dela, mas nunca pensou que ela chegaria a tanto, a ponto de trapacear para prejudicá-la e ganhar a primeira disputa. Por isso, cada vez mais parecia distante a possibilidade de as duas reatarem a amizade. E isso a deixava extremamente triste.

Para piorar a situação, ela não conseguia parar de pensar no sonho que havia tido com Catra, e pensar nisso a deixava confusa e constrangida. Ela não tinha certeza do que aquele sonho significava, se era sinal de raiva ou de desejo, se ela via Catra como uma ameaça ou uma tentação. Mas, de um jeito estranho, tinha sido tão bom... Ela tinha dificuldade de confessar para si mesma, mas, no íntimo, toda noite ela ia dormir com a esperança de sonhar com Catra novamente. Um sonho daquele tipo...

No meio de toda essa confusão de pensamentos e sentimentos, chegou o dia da reunião com Huntara. Adora, Glimmer e Bow a encontraram num boteco estilo pé sujo no centro da cidade. Glimmer já tinha adiantado um pouco do assunto por telefone e Huntara os estava esperando enquanto tomava uma dose de uma bebida transparente.

Os três chegaram perto da mesa e a cumprimentaram, mas ela não se deu o trabalho de levantar e os cumprimentou sentada. Adora estranhou a mulher estar bebendo às duas horas da tarde num dia de semana, por isso chegou fazendo uma brincadeira:

− E aí? Tomando uma dose para empurrar o almoço?

Huntara olhou para ela com um meio sorriso e disse:

− Não, loirinha... Isso aqui é o meu almoço...

Adora fez uma cara de espanto mas tentou dar um sorriso forçado. Bow resolveu ir logo ao assunto:

− Huntara, a Glimmer adiantou o assunto para você por telefone. Você acha que pode nos ajudar?

− Vocês querem que eu ajude vocês a foder com o Harold Prime... isso vai ter um preço proporcional à dificuldade e ao perigo que representa...

− Na verdade – disse Adora – não é bem foder, foder de verdade, sabe? É, tipo... desmascarar, talvez...?

− O que, em última análise, significa foder com ele, né, loirinha? – disse Huntara, sempre sorrindo para Adora.

− Na verdade, a gente quer saber qual que é a dele – disse Glimmer – A parte de foder ou não com ele vem depois e aí, talvez, você não precise participar.