46 - Recomeço

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NOTAS:

Boa noite, gente linda!

A desgraceira tá acabando, gente, juro!

Chegamos no fundo do poço e agora a gente só pode subir. Mas é que nossa gata merecia um arco de redenção que fizesse jus à protagonista que ela é.

Obrigada por terem tido paciência até aqui. E vamos de emoções mais suaves, reencontros, reconciliações e toda a bonança que vem depois da tempestade!

Boa leitura e obrigada por acompanharem!

*****

*Hotel Pérola*

*Tempo atual*

Perfuma foi chamar Gildo e o homem veio correndo o mais rápido que seu peso e idade permitiam. Encontrou Adora no corredor, carregando em seus braços uma Catra desacordada, abatida e vestida como se fosse uma garotinha colegial. Quando Adora percebeu que eles haviam se aproveitado do fato de Catra ser baixa e miúda para fazê-la parecer mais jovem, cortando seu cabelo, suas unhas compridas e vestindo-a como uma adolescente, seu estômago revirou de nojo de imaginar o tipo de "negócios" em que a Prime-Black se envolvia.

Gildo parou na frente de Adora, limpou o suor da testa e, com a voz tremendo, perguntou:

− Ela... ela está...?

− Ela está viva, seu Gildo. Mas foi drogada e parece que não está nada bem – Adora disse com a voz também tremendo de vontade de chorar.

Gildo chegou mais perto e passou a mão nos cabelos de Catra, balançando a cabeça com tristeza. Catra parecia tão pequena e indefesa! Aquela garota petulante e invocada, ali nos braços de Adora tinha dado lugar a uma menininha fraca e debilitada. Gildo olhou para Adora e perguntou:

− Posso... posso carregá-la?

Adora colocou Catra nos braços de Gildo e o homem foi se encaminhando para os elevadores. Então Adora disse:

− Precisamos levá-la ao hospital o mais rápido possível!

− Eu penso que seria melhor levá-la a uma clínica particular, loira. Tenho um amigo médico que... presta uns serviços para mim e para os meus homens, já há muitos anos. Ele costuma ser discreto, se é que você me entende. Porque a gente não pode correr o risco desse tal de Sr. Prime encontrar a minha filha.

Adora pensou um pouco e viu que Gildo tinha razão. Mas perguntou:

− Mas o caso dela é urgente. Quando será que ele vai poder atendê-la?

− Agora mesmo! Ele me atende a qualquer dia e qualquer hora, por isso pago muito bem a ele. Sabe como é, né? No nosso ramo de negócios, a gente não tem hora pra tomar tiro.

Scorpia se aproximou dos dois e perguntou:

− O que vai acontecer com as outras garotas?

− Nós vamos cuidar disso – Micah disse – Vamos levá-las para um abrigo em outra cidade para elas não serem encontradas pelos homens do Sr. Prime e depois tentar localizar as famílias em Ilha das Feras.

Gildo olhou para Adora e disse:

− Você vem comigo, loira? Acho que a Catarina vai gostar de ver um rosto familiar quando acordar.

− Claro! Eu vou sim! Eu não vou sair do lado dela nem um minuto.

*****

*Clínica do Dr. Benício*

Adora cumpriu a sua promessa e praticamente não saiu do lado de Catra, a não ser quando era inevitável. Ela dormia ali na cama ao lado da cama de Catra e comia no quarto mesmo, para não ter que se afastar. Bow e Glimmer iam vê-la e levavam roupas e alguma outra coisa que ela precisasse. Mas já fazia três dias que Catra estava internada ali e continuava inconsciente.

Amor, segredos e mentiras (Catradora)Onde histórias criam vida. Descubra agora