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"Como posso recuperar o seu amor?
Como tirar a tristeza do meu coração?
Meu mundo gira somente por você."

- RBD

• Astrid Montauban-Bressuire

Vovô Hugo insistiu em me buscar no aeroporto de Florença pois segundo ele não era seguro que eu pegasse um taxi a noite e que seu motorista estava de folga. Resolvi não o contrariar, seria bom passar um tempo a sós com meu papi. O senhor Bressuire aparentava ser bem mais novo do que sua real idade, era alto e forte, os cabelos negros bem misturado com os grisalhos e aparados perfeitamente, meu avô estava sempre bem vestido o que o deixavam uns 10 anos mais jovem. Acho que puxei dele a necessidade de estar sempre bem arrumada.

A últimas vez que eu havia vindo para a fazenda foi para as festas de fim de ano, que passaram longe de serem boas para mim, senti que parte da família estava faltando e realmente estava. Fora bem estranho apenas nós cinco, sem os neerlandêses. Após a ceia chorei horrores em meu quarto e por um momento cogitei ligar para Max e exigir que ele voltasse comigo, mas quando vi sua foto de natal com a família percebi que ele estava bem sem mim e que eu não podia me humilhar daquele maneira.

- Mamie! - Falei alto correndo até a senhora que descia as escadas calmamente. - Como eu senti falta da senhora!

- Ma Princesse, você está belíssima! - Me permiti abraçar a mulher por longos minutos, o abraço de Emma era um dos melhores do mundo. Parecia que ela podia te proteger de todo o mal existente. - Você já comeu, querida?

- Mon amour, acho que nossa neta só quer descansar. - Vovó respondeu por mim trazendo minha mala junto a ele. Fui até o mesmo na intuição de a pegar mas ele rejeitou a me dar, sempre um cavalheiro. - Por quê não vamos todos dormir e pela manhã tomamos um delicioso café da manhã juntos?

- Pedi para Alexandra preparar seu quarto de sempre, só não faça muito barulho pois temos outro hóspede no quarto da frente. - Alexandra era uma mulher de meia idade que trabalhava para meus avós desde que eles haviam se mudado para lá. Eu a adorava.

- Que hóspede? - Perguntei curiosa.

- Amanhã você verá quem é, ma chère. - Vovô disse enquanto subiamos as escadas em passos silenciosos. As paredes pintadas em um tom de pêssego e a cama com dossel eram as mesmas, assim como todo o resto da casa. Não fazia tanto tempo que eu havia os visitado. - Boa noite querida, je t'aime!

- Je t'aime! - Após os abraçar mais um vez, tomei um banho rápido e coloquei uma roupa confortável para dormir. Na outra manhã fiz minha rotina de sempre, coloquei uma calça jeans larguinha, uma regata rosinha e um cardigã azul após minha meditação diária.

A porta do quarto em frente ao meu continuava fechada e minha curiosidade começava a se fazer presente, tive vontade de abrir a porta mas se tivesse alguém lá seria constragedor, por isso preferi descer logo para a área externa da casa, onde podia ver uma mesa posta ao lado dos vinhedos e meus avós lá, o sol já brilhava, mas a temperatura ainda estava consideravelmente baixa. Caminhei rapidamente os 10 metros por um caminho de pedra, a mesa estava posta para quatro, mas o visitante ainda não estava lá. Não entendia o porquê de tanto mistério.

- Bonjour. - Comprimentei os mais velhos com um beijo na bochecha antes de me sentar na mesa circular. - Quando terei a oportunidade de conhecer esse mistérioso hospede?

HOMECOMING | MAX VERSTAPPEN ☑️Onde histórias criam vida. Descubra agora