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"Eu fico acordada pensando
E se eu quebrasse minhas pernas?
E se eu mudasse meu nome?
Você ainda me amaria da mesma forma?"

- Tate McRae

• Astrid Montauban-Bressuire

As ruas de Manhattan eram barulhentas, cheias e um pouco fétidas, — mas nada comparado as ruas lindas de Paris, que possuiam um péssimo odor. — por todo lado era possível observar garotas com sacolas e mais sacolas de grifes famosas, pessoas em passos apressados atrasados para algum compromisso com suas bebidas quentes em copos de papelão e um número assustador de veículos amarelos, como aquele que me deixara em frente ao prédio mordeno e luxuoso em que Emily vivera por quase toda a sua vida. Eu conhecia bem o lugar, a decoração cara e até mesmo o vizinho mais velho e bonito do andar de baixo ao de sua cobertura, aprontamos poucas e boas naquele lugar.

Segurei meu próprio copo de papelão, com o café terrível dos Estados Unidos, um pouco mais forte quando agradeci ao taxista, — que pouca moral me deu — e o porteiro do prédio abrira as altas portas de vidro para mim. Eu adorava a América, mas aquele lugar nunca seria como Mônaco, ou a própria França, para mim nunca séria inigualável como era meu lar. Me apresentei na portaria e como eu tinha passe livre para subir a cobertura, apenas digitei a senha do apartamento no elevador e em poucos minutos eu estava em frente as portas duplas da casa da minha ex—melhor amiga. Era estranho a chamar assim, mas alguém como ela não era de verdade. Alisei meu sobretudo creme mais uma vez antes de tocar a campainha.

- Senhorita Astrid! - Nancy Prescott, a governanta da casa e a única figura materna de Emily, sorrira largo ao abrir a porta, me evolvendo em seus braços carinhosos. - Como você está, querida? Como é bom te ver!

- Estou muito bem, Nancy! - Sorri para ela, porquê aquela mulher não precisava saber que eu estava ali para resolver a única coisa que me aflingia nos últimos meses. - Também é muito bom te ver, senti saudades! Emily está?

- Sim, está em seu quarto. Desde que voltou de sua última viagem para Los Angeles está, como posso dizer, emburrada com a vida. - A mulher, na meia idade e de cabelos castanhos escuros, sempre presos em um coque folgado, levantou as sombrancelhas. - Vou chamar-lá. Me de o casaco e fique a vontade, querida.

- Posso ir até o quarto dela? - A entreguei o sobretudo enquanto ela concordava. A abracei novamente antes de subir as escadas para o segundo andar do duplex e bater na porta do quarto da nipo-estadunidense.

- Já falei para me deixar em paz, Nancy! - Ouvir sua voz me dava arrepios, não dos bons, mas daqueles temerosos que sobem por sua espinha e te deixam em aflição. Era assim que eu me sentia estando prestes a encerrar de uma vez por todas aquela amizade.

- Sou eu, Astrid. - Consegui dizer, ouvindo algo cair no chão e um xingamento, antes da porta dupla ter sido escancarada as pressas e uma Emily Tanaka com olheiras fundas e cabelo bagunçado abrir a porta surpresa. - Precisamos conversar.

- Eu sei. - Ela me deu espaço para entrar. As paredes pintadas de roxo escuro continuavam as mesmas, mas diferente do normal tudo estava bem organizado, nem mesmo parecia que alguém estava vivendo ali. Ela se sentou escorada na cabeceira da cama, abraçada a um dos travesseiros com capas brancas, eu preferi manter uma certa distância, por isso preferi me sentar no recamier aos pés da cama. - Se você veio aqui para brigar, não precisa. Eu já estou arrependida o suficiente.

- Não, não vim para brigar. - Suspirei, procurado com meus próprios olhos algo que me desse qualquer tipo de apoio para não desmoronar. Reparei então, em um porta retratos sobre a sua penteadeira, dei alguns passos para pegar o objeto em minhas mãos e sorrir com a foto. - Me lembro desse dia como se fosse ontem.

HOMECOMING | MAX VERSTAPPEN ☑️Onde histórias criam vida. Descubra agora