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"Vadia, você está tentando me fazer chorar?
Você está tentando me fazer surtar?
Às vezes se ganha e às vezes se perde
A coisa pode ficar feia."

- Ashnikko

• Astrid Montauban-Bressuire

Emily Tanaka foi minha melhor amiga durante meus anos de universitária, nós adoravamos mergulhar juntas e tomar sol na praia no estilo europeu, e ela detestava, com todo seu coração, Max Verstappen. Nunca entendi porquê os dois não se davam bem, para falar a verdade, acho que tudo começou quando precisei dividir meu tempo entre os dois. Emy não entendia que eu queria aproveitar os momentos em que ele estava em casa e ele não entendia nossa paixão por fazer coisas de garotas como topless, Emilian sentia nada menos do que ódio por Tanaka me incentivar a fazer aquilo. Óbvio que não era no meio de todo mundo, mas ele dizia que eu corria o risco de ser fotografada, o que não era mentira mas nunca aconteceu.

A última visita da nipo-estadunidense havia sido pouco antes do natal e eu não esperava nem por um milagre que ela fosse aparecer na minha casa do nada. Ela tinha permissão para subir e sabia a senha da porta, mas ninguém em sã consciência invade a casa dos outros assim, eles enviam pelo menos uma mensagem antes, justamente para evitar cenas constrangedoras e desagradáveis. Mas era óbvio que Emily Tanaka precisava ser diferente de todo mundo, claro que sim!

- Surpre - Puta que me pariu, Astrid! - O grito alto assustado que saiu da minha garganta, junto ao grito de dor de Max e o escândalo da garota de olhos puxadinhos, criaram um verdadeiro circo no meu apartamento. Só podia ser uma cina, uma maldição! Qual a probabilidade de ser pega na cama com a mesma pessoa em diversos momentos diferentes? Exato, baixíssimos! - Que porra? Você não sabe trancar uma porta? E se fosse suas mães?

- Sai daqui, Emily! - Gritei irritada, tentando puxar o edredon para nos cobrir, fazendo Max urrar de dor mais uma vez. Ouvi a porta bater. - Desculpa! Desculpa!

- Sai com calma, baby. - Pediu segurando em minha cintura, sai do colo do mesmo sem fazer movimentos bruscos com o quadril como havia feito para olhar para a porta. Que constrangimento. - Essa garota consegue estragar meu dia mesmo depois de anos! Que porra ela está fazendo aqui?

- Max, vai para casa, a gente conversa depois. - Pedi coletando suas roupas da noite passada no chão e jogando para ele, que bufou antes de começar a se vestir. Haviamos saído com Victória e Tom para um jantar, o casal queria falar sobre o casamento que aconteceria em poucos meses e acabamos aqui.

- Por quê você não manda ela ir embora para continuarmos da onde ela interrompeu? - Perguntou irritado, passando a mão pelos cabelos loiros bagunçados. Ah, se ele soubesse o quão bonito estava. - Claro que você não faria isso com sua amiguinha.

- Max Emilian Verstappen, você não é nenhuma criança para agir como tal, agora, por favor, me deixa sozinha com ela. - Falei firme, voltando do closet vestida em uma camiseta larga e shorts curtos de moletom, meu cabelo preso em um coque bagunçado. Ele bufou alto rolando os olhos, pegou o celular e as chaves de seu carro na mesinha do corredor e me seguiu até a porta da frente, mas não sem antes mostrar os dois dedos do meio para a garota sentada em uma das três banquetas do balcão, que devolveu o gesto. - Tchau, Max.

- Vê se não deixa essa cobra te envenenar, ok? Até logo, liefde. - Revirei meus olhos para suas palavras, sentindo-o pressionar seus lábios nos meus em um selinho rápido. Puxei-o pela gola da camiseta, unindo nossos lábios em um beijo demorado e quente. Porra, eu queria ficar com ele!

- Você precisa de um banho, está cheirando a sexo com Max Verstappen, terrível. - A olhei seria, fazendo-a dar de ombros com um olhar inocente. Bufei colocando a máquina de café para funcionar. - Vocês não tinham terminado? O que ele estava fazendo aqui? Além de, é claro, manter essa vagina hidratada.

HOMECOMING | MAX VERSTAPPEN ☑️Onde histórias criam vida. Descubra agora