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"Percebi que sou menos importante do que pensei que seria, não estou lhe contando por certas razões, mas só eu quero sua empatia."

- The neighborhood

• Max Verstappen

- Hugo, chère, eles não são a coisinha mais linda desse mundo? - Por um segundo achei que estivesse sonhando, delirando com a voz da senhora Montauban-Bressuire, mas não! Abri apenas um olho e ela realmente estava parada nos pés da cama nos observando e ao seu lado estava Hugo, com uma cara nada agradável.

- Ela não estava, sei lá, fugindo dele? - Comentou em sussurros curiosos. Os dois precisavam melhor muito a arte da espionagem. - É assim que os jovens de hoje em dia fogem?

- Não seja tolo, mon amour! - A ouvi dizer ao mesmo tempo em que senti Astrid começar a se mexer em meu peito. - Astrid só gosta de um drama, não sei de quem ela puxou isso! Ninguém nessa família é dramatico.

- É, nem eu. - Precisei dar tudo de mim para não rir da careta de ultraje que eu sabia que o senhor Bressuire estava fazendo. - Eles estão acordando, ma reine, é melhor irmos.

Assim que escutei a porta bater, precisei rir alto, esquecendo por um segundo a mulher deitada em mim. Meu braço estava dormente, mas não me importaria em passar o dia todo naquela posição. Os cabelos dourados estavam espalhados pela cama, sua expressão era calma, provavelmente o momento em que ela estaria mais calma depois que acordasse e se desse conta que ainda estava em meus braços, eu estava pronto para o drama que ela criaria. Eu sabia disso no momento em que ela me acordou na noite passada.

- Bom dia, Max. - Ouvi a voz sonolenta de As, me fazendo sorrir ao olhar-lá. - É impressão minha ou meus avós estavam aqui? Acho que sonhei com eles.

- Bom dia, liefde. - Afastei os cabelos de seu rosto rapidamente, deixando um beijo no topo de sua cabeça. - Quem me dera fosse sonho!

- Essa família não cansa de ser incoveniente? - Perguntou se apoiando nos cotovelos. Pude finalmente mexer meu braço e constatar que meu membro quase que vital ainda estava vivo. - Você viu meu pijama?

- Aquele ali? - Apontei para a peça jogada a alguns metros da cama. Astrid andou até lá nua, eu poderia facilmente voltar a acordar todos os dias com essa vista, a pegou do chão e a vestiu rapidamente. Depois veio até mim e deixou um selinho nos meus lábios antes de sair. - Te vejo daqui a pouco, Emilian.

Confuso. Astrid me fazia confuso e eu odiava a sensação de não saber o que se passava em sua cabeça, odiava não saber o que esperar ou o que fazer, odiava ter que esperar qualquer demonstração mínima de que tudo estava bem. Qual era o problema em conversar comigo sobre seus medos? Em me dizer se precisavamos ir mais devagar? Em me dizer que o que tinhamos está acabado para sempre? Eu aceitaria qualquer que fosse sua decisão, eu só não queria que ela continuasse me mandando embora para aparecer na minha cama de madrugada.

Valia a pena participar desse jogo por ela? Eu já não sabia mais a resposta correta.

Após um banho longo, me troquei e desci para a sala de jantar, onde a família Montauban-Bressuire já estava reunida rindo alto sobre alguma coisa que só me restava imaginar o que séria, me sentei no espaço vazio ao lado de Astrid, as risadas se cessaram. Eu estava me sentindo um peixe fora da água, como se naquele momento eu não pertencesse a aquela familia e eu não pertencia. Por mais que quisesse, eles não eram minha família. Uma ansiedade anormal me tomou, eu queria ir para a minha casa.

- Bom dia. - Emma me respondeu sorridente, Hugo foi educado e Astrid só deu um sorrisinho de lado. Comi em silêncio, minha mente a 300km/h em outro universo até As balançar sua mão na minha frente. - Desculpe, falou comigo?

HOMECOMING | MAX VERSTAPPEN ☑️Onde histórias criam vida. Descubra agora