HOMECOMING | MAX VERSTAPPEN ☑️

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"Se você fosse eu e eu fosse você
Eu sairia do meu caminho."

- Lana del Rey

• Max Verstappen

- Daniel, eu não quero ir. - Falei novamente para o australiano que parecia não falar inglês porquê eu já havia falado que não no mínimo vinte vezes. - Não tô afim de festa.

- Qual é, Maxizinho?! Você tem andando com uma carranca para cima e para baixo o mês inteiro, ninguém te aguenta mais. - O ouvi rir através da ligação. - Você pode até levar aquela garotinha, como é mesmo o nome dela?

- Emily? - Perguntei confuso o ouvindo concordar. - Por que eu a levaria?

- Porquê talvez ela consiga te deixar mais alegrinho? E porquê eu sei que você está fodendo com ela? - Respondeu óbvio. - As fofocas rolam soltas por ai, meu querido amigo.

- Eu não estou fodendo com ela, foi só uma vez. - O ouvi gritar um 'não mente para mim' me fazendo afastar o celular da orelha. - Tá, pode ter sido umas três ou quatro vezes, mas não temos nada.

- Até porquê ela é a melhor amiga da sua ex que você não superou. - Me relembrou.

- É, tem isso também. - Suspirei alto, tentando não me preender em meus pensamentos sobre a monegasca e não me irritar. Pensar nela me deixava bravo, possesso de raiva. - Enfim, talvez eu vá.

- Eu sei onde você mora, se não for por bem vai por mal. - Concluiu. - Preciso desligar, até mais tarde, Maxizinho.

- Tchau, Daniel. - Desliguei jogando o celular do outro lado do sofá e voltando a prestar atenção no meu jogo. Mais tarde eu poderia ligar para Emily que estava passando muito tempo no principado, segundo ela estava trabalhando em algo que ela não quis me dizer com Astrid, não quis perguntar o que era, não me interessava.

Tanaka e eu não tinhamos nada, nada mesmo, mas eramos bons na cama e eu não ligava de estar com ela, eu ainda não gostava de sua personalidade, mas eu não precisava escutar ela falar se sua boca estivesse ocupada. Eu conseguia tirar Astrid da minha cabeça quando ela estava comigo e aquilo era tudo o que eu queria, no último mês eu fazia tudo que fosse preciso para tirar a loira dos meus pensamentos. Victoria passou alguns dias sem falar comigo quando descobriu, mas depois voltamos ao normal porquê segundo ela 'eu estava apenas tentando tampar o sol com a peneira.'

O dia 28 de junho estava quase chegando e eu não sabia como reagir. Se fosse no ano passado, eu e As iriamos planejar uma viagem romântica, ou poderia ser o dia de nosso casamento, mas acho que agora vai ser só outro dia normal como todos os outros são. Eu nunca gostei de viver no passado, gostava de deixar as coisas onde elas tinham ficado, esquecer o que não era importate e lembrar o que era necessário, mas ultimamente pareço um livro ambulante de histórias velhas e desgastadas que deviam ser trancafiadas em um baú e jogadas no fundo do mar.

Não falava para ninguém, mas qualquer coisa me fazia lembrar dela e de nossos momentos juntos, uma simples ida a praia me fazia lembrar de como eu adorava ver seu corpo em um biquíni, como suas bochechas ficavam vermelhas quando expostas por muito tempo ao sol e como seu cabelo ficava bonito levemente ondulado pela água salgada, comprar um café se tornava triste por eu lembrar de como ela adorava café preto e forte, com pouco açúcar enquanto eu sempre preferi tomar meu café muito açucarado.

Eu amava Astrid, não queria a esquecer, mas aquilo estava me fazendo mal, estava sugando toda a minha energia e alegria, me consumia perder tanto tempo pensando em uma mulher que estava sendo feliz com outro. Sinceramente, eu esperava que ela estivesse realizada, completa e sendo mimada como merecia ser, esperava que Nikideemus estivesse a tratando melhor do que eu jamais a tratei. Ele não era eu, eu sabia que eles não chegariam perto de ter o que nós tivemos, mas se ela estava feliz, eu iria superar aquilo uma hora ou outra. Eu só precisava de tempo.