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"Deus sabe que eu amei
Deus sabe que eu menti
Deus sabe que eu perdi
Deus me deu a vida
E Deus sabe que eu tentei."

- Lana del Rey


• Astrid Montauban-Bressuire

- Emily! Eu não acredito que você jogou suco em uma mulher grávida! Na Victoria! - Esbravejei a vendo jogada no meu sofá, revirando os olhos para as minhas palavras. - Você ficou louca? O Max quer te matar!

- Ele não teria coragem de encostar um dedo em mim e você sabe que não consigo controlar minhas ações quando fico irritada. - Revirei os olhos me sentando em uma das duas poltronas. Eu estava irritada com o que havia acontecido, não esperava que as duas fossem tão longe. - Qual é?! Você vai ficar brava por isso?

- Claro! Você precisa aprender a se controlar. - Retruquei. - Se alguma coisa tivesse acontecido com ela, eu nunca me perdoaria e a culpa seria sua!

- Deixa de ser dramatica, Trix. - Emily não entendia o que era ter medo, não entendia o que era ter passado por algo tão assustador como passei e não entendia o que era carregar consigo marcas e traumas do passado o tempo todo. Eu a amava, mas as vezes ela se perdia no mundinho perfeito dela e esquecia que as pessoas a sua volta enfrentam coisas diferentes, eu entendia que ela fingia que ser abandonada pela mãe não a afetou em nada, mas não era verdade e diferente dela eu mostrava minhas fraquezas.

Naquela mesma semana, nós duas e Zoé haviamos entrado em um acordo. Expandiriamos a loja e abririamos uma sessão para a LIVINCOOL e eu e ela fariamos uma parceria. Decidimos sair no fim de semana para comemorar, eu precisava mesmo relaxar e esquecer um pouco sobre meus sentimentos e tirar Max da minha cabeça. Eu não havia mais falado com ele e troquei poucas palavras com Vic, acho que todos nós precisávamos de um momento para se acalmar.

O Jimmy'z era o clube noturno mais popular de Monte-Carlo, eu adorava as luzes néons, a música e as pessoas. Todo mundo parecia feliz ali, como se fora daquelas paredes não existisse problema algum, elas dançavam, riam, bebiam, beijavam completos estranhos e eram uma versão melhor delas mesmas. Eu gostava de parecer tão normal e alegre quanto todos a minha volta, mesmo que eu precisasse de alguns drinks para fingir aquele estado mental. Eu estava me sentindo livre,

- Niki? O que você faz aqui? - Perguntei animada quando vi o homem de cabelos cacheados ruivos se aproximar de nossa mesa. Ele havia voltado para a Finlândia e havia mudado muito, estava mais malhado, seus cabelos cortados baixo e uma barba fina cobria seu maxilar, vestido em um terno cinza escuro como sempre estava. - Eu não te vejo a séculos!

- Supresa! - Riu abrindo os braços em minha direção, o abracei rapidamente. Eu sentia falta do meu amigo. Ele abraçou Emily, que já estava bêbada, antes de sentar ao meu lado. - Um passarinho meio chinês pode ter me contado que estava vindo te visitar e eu posso ter sentido um pouco de inveja.

- Eu sou um ótimo passarinho! - Emily gritou sobre a música, a voz arrastada típica de quando ela já bebeu demais. - Se vocês me derem licença, vou atrás daquele gatinho que está de olho em mim, até mais casal. 

- Não acredito que vocês conseguiram vir me ver e juntos! - Sorri para Niki, fingindo não ter escutado ela nos chamar de casal. Emy sempre me disse que Nikideemus gostava de mim e que ele seria um namorado mil vezes melhor do que Emilian, mas eu nunca a dei ouvidos, Max foi o melhor para mim. - Como vai a vida em Helsinque?

- Vai bem, mas recebi uma proposta de emprego em uma imobiliária aqui e estou pensando em voltar para Mônaco. - Falou bebericando sua bebida. - Eu adoro esse lugar e sinto sua falta.

HOMECOMING | MAX VERSTAPPEN ☑️Onde histórias criam vida. Descubra agora